F1: Mercedes abdica de contestar GP Abu Dhabi e título mundial de Verstappen
Escuderia alemã justificou a contestação, rejeitada duas vezes, por entender que Michael Masi não aplicou corretamente as regras durante a entrada do safetycar em pista
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A Mercedes decidiu não prosseguir com o protesto feito contra o resultado do Grande Prémio de Abu Dhabi, que valeu o título de campeão mundial a Max Verstappen (Redbull), após ultrapassar Lewis Hamilton na última volta, em função da Federação Internacional Automóvel estar a examinar o decorrido.
" Congratulamo-nos com a decisão da FIA de instalar uma comissão para analisar exaustivamente o que aconteceu em Abu Dhabi e para melhorar a robustez das regras e a tomada de decisões. (...) Retiramos o nosso apelo", lê-se em nota da Mercedes.
No passado domingo, a escuderia alemã teve dois protestos rejeitados por oficiais da Fórmula 1, tendo a equipa argumentando que o diretor da corrida, Michael Masi, não aplicou corretamente as regras durante a entrada do safetycar em pista, pelo que isso custou o triunfo e o oitavo título da carreira a Lewis Hamilton.
"Deixámos Abu Dhabi incrédulos pelo que testemunhámos. A razão pela qual protestámos contra o resultado da corrida foi porque os regulamentos de segurança foram aplicados de uma nova forma que afetou o resultado da corrida", refere.
A Mercedes, em sinal de reconhecimento pelo feito de Max Verstappen, parabenizou o piloto neerlandês da Redbull pelo primeiro título na carreira em Fórmula 1, manifestando expectativa para reeditar mais uma disputa com Lewis Hamilton.
"Expressamos o nosso sincero respeito pelas vossas conquistas esta época. Fizeram deste Mundial de Fórmula 1 uma luta verdadeiramente épica. Max, damos os parabéns a ti e à tua equipa. Esperamos ansiosamente por lutar mais uma vez contigo na próxima época", sintetiza a Mercedes.
No passado domingo, a cinco voltas do final da 18.ª e última prova do Mundial, estava Hamilton no primeiro lugar, à frente de Verstappen, separados por cinco carros para serem dobrados pelo neerlandês, Nicholas Latifi (Williams) bateu contra as barreiras, originou a entrada do safety car e o cenário alterou-se substancialmente.
Ato contínuo, Wolff pediu, "por favor", ao responsável pela direção da corrida, para que não ordenasse a entrada do veículo de segurança, enquanto, pouco depois, Horner solicitou que os monolugares entre Hamilton e Verstappen fossem passados para trás do piloto da Redbull antes da última e decisiva volta, o oposto à Mercedes.
O regulamento de F1 diz que todos os que têm voltas de atraso as devem recuperar com o safety car em pista e que o safety car só deve sair uma volta depois, o que também não sucedeu: a decisiva volta 58 do GP de Abu Dhabi iniciou-se logo a seguir. E por fim, comunicar, inicialmente, que os carros atrasados não iram ultrapassar o carro de segurança, decisão essa que mudou à posteriori e provocou a luta taco a taco.
Michael Masi decidiu colocar Hamilton, que tinha uma vantagem de alguns segundos, e Verstappen quase lado a lado para protagonizarem a discussão do título, o que suscitou, após o triunfo da Redbull, críticas oriundas de de várias latitudes.