Ex-campeão da UFC condenado a cinco anos de prisão por tentativa de homicídio
Cain Velásquez foi condenado por ter disparado contra um homem suspeito de ter assediado sexualmente o seu filho numa creche, em 2022
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Cain Velásquez, antigo campeão mundial de pesos-pesados da UFC, foi condenado na segunda-feira por um tribunal de San Jose, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, a cinco anos de prisão pelos crimes de tentativa de homicídio, agressão e posse de arma proibida.
O ex-lutador norte-americano, de 42 anos, retirado dos ringues desde 2019, recebeu esta sentença devido a ter disparado contra um homem suspeito de agredir sexualmente o seu filho, na altura de quatro anos, numa creche, em fevereiro de 2022, tendo-se declarado culpado em tribunal.
Velásquez estava em prisão domiciliária desde novembro de 2022 e recebeu por isso um crédito de 1283 dias na sua sentença, o que equivale a cerca de três anos e cinco meses.
Em causa está o facto de o lutador ter perseguido de carro um homem acusado de agredir sexualmente o seu filho, que seguia noutro veículo com o respetivo pai. Velásquez acabou por disparar várias vezes contra a viatura, ferindo o pai do tal indivíduo, cuja mãe detém a cresce onde trabalhava, num braço e no peito.
“Os resultados são agridoces, esperávamos que o Sr. Velásquez ficasse fora da prisão. No entanto, os factos permanecem claros: Cain Velásquez é um homem bom, um pai devoto e um membro respeitado da comunidade. O que ele e a sua família atravessaram não fica nada aquém de um pesadelo e não o mereciam. Ao longo disto, Cain demonstrou coragem e força de caráter. Ele assumiu a responsabilidade pelos seus atos e foi responsabilizado”, comentou o advogado Renee Hessling, em reação à sentença.
“A sentença atribuída reflete as complexidades da situação e reconhece o homem por detrás das manchetes. Quando ele for libertado, continuará a liderar por exemplo, protegendo, contribuindo e preocupando-se com as pessoas à sua volta”, acrescentou.
Velásquez já tinha mostrado arrependimento, em declarações recentes a um podcast, sobre o comportamento que levou a esta condenação, admitindo que não soube lidar com aquela situação da melhor forma.
“Do que eu posso dizer de mim mesmo, a forma como lidei com as coisas não foi a correta. Não podemos fazer lei com as nossas próprias mãos. Eu sei que aquilo que fiz foi muito perigoso para outras pessoas, não só para as envolvidas, mas para pessoas inocentes. Eu entendo o que fiz e estou disposto a fazer de tudo para pagar por isso”, afirmou.
Harry Goularte, o homem suspeito de ter agredido sexualmente o filho de Velásquez, vai ser julgado no dia 2 de julho por acusações de crimes sexuais contra menores, tendo-se declarado inocente.