Reações de algumas das principais figuras do Tour após uma caótica primeira etapa.
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O ciclista colombiano Miguel Ángel López lamentou o tempo perdido na primeira etapa da Volta a França, uma "jornada difícil" para Geraint Thomas, que se mostrou "desgostoso" pelo atraso de Richie Porte e Tao Geoghegan Hart.
A caótica primeira etapa da 108.ª edição da Volta a França, vencida por Julian Alaphilippe (Deceuninck-Quickstep), causou diferenças importantes na geral, com Miguel Ángel López (Movistar), o sexto classificado do ano passado, a ser um dos afetados, ao perder 1.49 minutos para o francês na meta.
"Vi-me envolvido numa queda das grandes [a primeira] e também na do final. Não caí, mas fiquei cortado e nessa altura já se rodava a demasiada velocidade. No final, cheguei à meta como pude", resumiu o colombiano, antes de recordar que "ainda falta muito Tour" e que é preciso "saber olhar em frente", porque as quedas "fazem parte do ciclismo".
Embora tenha escapado ao azar, Geraint Thomas, o vencedor da Grande Boucle em 2018 e 10.º classificado da etapa deste sábado, a oito segundos de Alaphilippe, lamentou o destino dos seus colegas Richie Porte e Tao Geoghegan Hart, que perderam, respetivamente 2.16 minutos e 5.33.
"Foi uma jornada difícil com as quedas. Não fazia ideia de quem ficou implicado na grande queda do final. O Richie estava lá, o que não é bom. Da minha parte, estava concentrado em manter-me na minha bicicleta", contou o ciclista da INEOS.
O galês, de 35 anos, revelou que, na subida final, estava demasiado atrás no grupo, mas pensou que poderia recuperar lentamente quando o ritmo abrandasse, algo que não aconteceu devido ao ataque do agora primeiro camisola amarela da 108.ª edição.
"Fomos na máxima velocidade até ao fim, o que dificultou a minha vida. Não correu muito mal para mim, porque nunca me sinto a 100% na primeira etapa. Estou satisfeito por me ter safado, mas desgostoso pelo Richie e pelo Tao", concluiu.
Outro antigo vencedor, o tetracampeão Chris Froome (Israel Start-Up Nation), foi a principal vítima entre os favoritos da segunda queda, ocorrida a sete quilómetros da meta, tendo perdido mais de 14 minutos na sua jornada de regresso ao Tour após dois anos de ausência.
"Não era o que tinha planeado para hoje, mas consegui acabar. Vou fazer algumas radiografias e dou mais informações esta noite", escreveu na rede social Twitter o britânico, vencedor do Tour em 2013, 2015, 2016 e 2017.
Já o campeão em título, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), mostrou-se aliviado por a primeira etapa ter acabado.
"Foi um primeiro dia difícil", reconheceu o sexto classificado da geral, ansiando por "um segundo dia mais tranquilo".