"Estive em muitos sítios como jogador e treinador e este clube é muito especial"
Declarações após o FC Porto-Sporting (5-5 após prolongamento, 2-0 no desempate por grandes penalidades), quinto e último jogo das meias-finais do play-off do campeonato nacional de hóquei em patins, disputado na quarta-feira no Dragão Arena
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Alejandro Domínguez (treinador do Sporting): “Acho que não fizemos uma má primeira parte, mas, por cada desajuste que tivemos, pagámos muito caro. Crescemos no segundo tempo e, na última jogada do prolongamento, atirámos uma bola ao poste.
[discurso ao intervalo] Uma parte foi tática e outra emocional. É normal que, por momentos, o rival esteja emocionalmente por cima. Quando jogamos no pavilhão João Rocha, a nossa energia é outra. Agora, os jogadores crescem e aprendem a jogar nestes ambientes e fazem-se grandes.
Esta equipa ‘remontou’ um 1-4. Dou um ‘olé, olé, olé’ para os meus jogadores. Isto não acaba aqui. Eu vou embora e virá outro treinador, mas esta equipa vai continuar a crescer e a lutar [por troféus], porque já tinha este espírito anteriormente e não fui eu que o impus.
Os penáltis não são uma lotaria e treinamo-los todos os dias. Por exemplo, também treinamos movimentos táticos nas saídas em transição e nem todos dão golo. Eles tiveram mais acerto e nós não acertámos. É uma faceta do jogo, que se treina e, por vezes, sai bem.
Estou muito triste, porque perder custa-me e temos uma equipa que está feita para ganhar. Mas, se tem de ser, que seja assim. Sinto-me muito orgulhoso desta equipa. Não tivemos o prémio, mas fomos um grandíssimo adversário perante o FC Porto, que tem uma senhora equipa, ganhou a Liga dos Campeões na época passada e a Taça de Portugal este ano e possui uma grande dinâmica. Há que felicitá-los, porque, em sua casa, foram um oponente demolidor por momentos e difícil de conter.
[A derrota] Faz parte do desporto. Não há um final mais digno para esta equipa do que este. Antes do jogo, dissemos entre nós que, se tivéssemos de cair aqui, acabaríamos a época jogando aquilo que temos treinado desde o primeiro dia, sendo fiéis ao que somos e àquilo que temos tentado criar. Fizemos isso.
[último jogo no comando do Sporting] Não me quero emocionar. A única palavra que me ocorre agora e que disse aos jogadores é obrigado. Tenho 53 anos, estive em muitos sítios como jogador e treinador e este clube é muito especial. O que vivi aqui é único e os jogadores foram uma família. São dois anos que nunca esquecerei e vou voltar muitas vezes, não para trabalhar, mas porque sinto o Sporting como a minha casa e um lugar onde me querem muito”.