Algarvio da Credibom-LA Alumínios lamenta não ter finais em alto, mas sente-se em boa forma e tem o sonho “de bisar”
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Emanuel Duarte tem 28 anos e parece um novo corredor desde que, no ano passado, regressou à Credibom-LA Alumínios-Marcos Car. Conquistou o 12.º Grande Prémio O JOGO/Leilosoc, foi 12.º no GP Jornal de Notícias e, já este ano, ergueu a Taça de Portugal, ao vencer a Clássica da Primavera, ser quinto na de Santo Tirso e terceiro na das Aldeias do Xisto.
A grande meta, não o esconde, é “bisar no GP O JOGO”.“Será uma corrida diferente da do ano passado. Com as bonificações será mais atacada e, por isso, imprevisível. É ao meu jeito, por ser dura, mas gostaria mais se tivesse uma chegada em alto. Não me dou mal a sprintar para bonificações, mas reconheço que no pelotão há homens mais rápidos”, diz o corredor de Portimão que trocou uma carreira na vela pelos triunfos no ciclismo.
Duarte não hesita na hora de apontar favoritos. “O Tiago Antunes é um corredor que se dá bem em provas com bonificações e estará com uma equipa muito forte, que tem mais alternativas. Considero o Afonso Silva outro bom candidato. O Artem Nych é um ciclista com características semelhantes às minhas, à exceção do contrarrelógio, onde ele é melhor. Mas terá as minhas dificuldades com as bonificações, embora seja sempre um candidato”, diz, referindo-se ao russo que em 2024 bateu por um segundo. “Como estou em boa forma, também posso ficar na lista”, completa.
O algarvio chega de uma conquista importante, a Taça de Portugal, que o animou. “Sim, vencer é sempre moralizador, sinto-me psicologicamente mais forte. A Taça de Portugal, e após ter vencido a primeira corrida, era um objetivo, e acabei por conseguir conquistá-la. Foi mais uma para o currículo”, completou.
“Decisão pode ser em Paredes”
Embora as 20 metas bonificadas representem muitos segundos, Emanuel Duarte acredita “que a decisão será apenas no último dia, em Paredes”. “É uma etapa muito dura, com várias montanhas, já sentiremos o acumulado do desgaste nas pernas e a última subida pode fazer diferenças. Mas não gosto muito de analisar corridas à distância, sou mais de pensar nas etapas dia a dia”, comenta, tendo já estudado o que pode acontecer hoje, com a meta no castelo de Belmonte: “A etapa acaba numa subida imprevisível. Os homens mais rápidos do pelotão vão ter uma palavra a dizer, mas não será para um sprinter puro, terá de ser alguém que aguente aquela subida. Dou um exemplo: é ao jeito do Tomas Contte”.