"Egito é das equipas mais tituladas, mas vamos tentar no mínimo o terceiro lugar"
Marcos Antunes está a disputar a CAN do futsal ao serviço de Angola, que esta sexta-feira (19 de abril), enfrenta o Egito na meia-final. Ultrapassada a fase de grupos, o selecionador pretende obter no mínimo o terceiro lugar, que lhe garante a qualificação para o Mundial do Uzbequistão
Corpo do artigo
Depois de um arranque em falso na CAN de futsal, com a derrota frente a Marrocos, o país anfitrião, Angola venceu os seguintes desafios da fase de grupos diante da Zâmbia e Gana, que lhe permitiu o apuramento para as meias finais, onde esta sexta-feira (19 de abril), vai medir forças com o Egito. “A meia final será uma oportunidade fantástica de podermos mostrar um pouco do trabalho competente que temos realizado, com bastante foco nos nossos objetivos para que chegássemos a esta competição e dessemos a melhor resposta possível. Jogar contra o Egito é extremamente difícil, é uma das equipas mais tituladas no campeonato africano, mas estamos bem, motivados e bastante ansiosos por voltar a jogar, pois estamos a uma vitória de conseguirmos o apuramento para o Mundial do Uzbequistão, que é um dos nossos objetivos maiores”, revelou o selecionador português, Marcos Antunes, fazendo um balanço positivo da campanha da equipa.
“Começámos com uma derrota frente a uma seleção que é uma das melhores do mundo, é top 8 Mundial, Marrocos, mas mesmo assim deixámos uma excelente imagem. Contra a Zâmbia e o Gana fomos avassaladores e mostrámos uma qualidade de jogo muito boa, que nos permitiu levar de vencido dois adversários muito difíceis. É importante ficarmos nos três primeiros lugares e agora é continuar a jogar, divertirmo-nos e mostrar a qualidade do futsal angolano”, sublinhou.
No cargo de selecionador desde janeiro de 2022, Marcos Antunes, que em Portugal era responsável por “Os Afonsinhos”, que “é uma referência internacional na formação de atletas de futsal, um projeto reconhecido e que foi Quinas de Ouro da FPF em 2018”, revelou a que se deveu esta mudança para o continente africano. “As pessoas estávamos atentas ao trabalho que tinha feito desde 2018 na formação, foi eleita uma Direção nova e lançaram-me o desafio. Sabem da minha ligação a Angola, os meus pais são angolanos e decidiram fazer o convite para revolucionar o futsal em Angola. Foi assim que começou, primeiro como Team Manager até chegar à função de selecionador, em janeiro de 2022”, recordou o técnico de 48 anos, ciente de que a sua chegada à seleção está a dar frutos. “É inegável que o trabalho que temos feito desde a minha chegada à seleção nacional tem sido muito abrangente e positivo, é por isso que aqui em Marrocos [CAN], toda a gente tem um respeito por nós e pelo nosso trabalho porque conhece as nossas dificuldades e capacidades. O nosso trabalho tem sido completamente inovador naquilo que se faz em África no futsal. Pela primeira vez em África há um curso de treinadores de futsal, a ser realizado em Marrocos, que eu também fui preletor e estamos a conseguir fazer um trabalho de excelência em todas as vertentes”, destacou, deixando em aberto a possibilidade de regressar a Portugal ou manter-se no estrangeiro, pois “têm havido várias propostas”.