Diretor da McLaren aponta à dualidade de critérios da FIA: "Quantas vezes Verstappen usou este método..."
O diretor da McLaren, Andrea Stella, critica manobras agressivas de Verstappen e aponta dualidade de critérios
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O diretor da McLaren, Andrea Stella, expressou-se abertamente sobre as manobras defensivas de Max Verstappen durante o Grande Prémio dos Estados Unidos, especialmente as que envolveram Lando Norris. Em declarações após a corrida, Stella destacou dois momentos cruciais – nas voltas 1 e 52 – em que, segundo ele, Verstappen forçou Norris a sair da pista sem que fossem aplicadas penalizações ao piloto da Red Bull. Em contraste, Norris foi penalizado cinco segundos - perdendo o terceiro lugar para o tricampeão - por ultrapassar os limites da pista,
Stella sublinhou o que considera ser um padrão repetido de comportamento por parte de Verstappen, em que manobras não têm sido sancionadas. O diretor da McLaren comparou o episódio a uma situação semelhante com Lewis Hamilton, ocorrida no Grande Prémio do Brasil de 2021, sugerindo que a abordagem de Verstappen tem sido tratada de forma distinta pelas autoridades da Fórmula 1.
O incidente na primeira volta foi particularmente frustrante para Stella, já que a manobra de Verstappen acabou por prejudicar diretamente a posição de Norris. “Se eu fosse um jornalista, teria feito algumas estatísticas sobre quantas vezes o Max usou este método para se defender", afirmou Stella, ainda nos Estados Unidos.
“Acho que ambos os carros saem da pista, por isso ambos estão a ganhar uma vantagem, se é que há vantagem ali”, apontou, referindo-se ao momento em que Verstappen se defendeu de Norris. “Defender-se saindo da pista não pode ser permitido”, acrescentou, numa crítica clara aos comissários.
Ainda que tenha criticado a decisão, Stella mostrou compreensão em relação à complexidade das decisões da direção de prova, especialmente nas voltas iniciais. “Ficámos um pouco chateados com a manobra na curva um, porque não só o Max ganhou a posição, como também forçou o Lando a perder posições para os dois Ferraris. Ao mesmo tempo, entendemos que os comissários poderiam ter considerado as circunstâncias atenuantes na primeira volta e aceitámos a decisão, porque respeitamos sempre as dificuldades enfrentadas pelos comissários de pista”, concluiu.