DJ Fenner quer deixar o Sporting, dizendo sentir-se em risco desde o dia em que o colega lhe deu um soco e o desafiou para lutar na rua
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Reforço do Sporting para esta temporada, depois de ter ficado associado à época em que o Imortal foi a sensação da Liga Portuguesa (2020/21), DJ Fenner está de saída de Alvalade. Os leões vão ter de fazer nova mudança no plantel, esta na sequência de um incidente num treino na semana que antecedeu o jogo com o FC Porto, entre o base e Travante Williams, como Fenner agora confirmou a O JOGO, que tentou ainda ouvir uma reação do Sporting, sem êxito.
Travante Williams respondeu a uma troca de palavras com a agressão e ficou de fora do jogo com o FC Porto
Travante Williams ficou mesmo de fora do clássico, voltando no encontro seguinte, contra o Egis Kormend. Ambos ainda coincidiram três jogos, mas Fenner já não esteve em Sangalhos. "Fui agredido num treino pelo Travante Williams (soco na cara), deixando-me com pontos, dores de cabeça e a mandíbula inchada. A situação colocou a minha família e a minha segurança em risco. Portanto, somos obrigados a ir embora", resumiu a O JOGO o norte-americano de 28 anos, relatando que "quando o sangue começou a sair do meu lábio, percebi que tudo seria diferente".
Derrick Fenner tem média de 15,9 pontos por jogo e sentia-se bem ao serviço dos leões até ao desentendimento num treino. Clube não quer deixá-lo sair já, mas este alega não ter condições para continuar.
Até ao incidente, ocorrido durante um treino 5x5 em que os dois se marcavam, Fenner conta que "tudo estava a correr bem". "Estávamos a ganhar, eu a gostar do meu papel na equipa, de estar com os meus colegas e ir diariamente para o clube trabalhar. Antes de vir para cá, sabia que o Travante era o "homem", ele ganhou o respeito dos seus companheiros e da cidade de Lisboa inteira. Sabia que tínhamos de trabalhar bem juntos para ganhar. Nunca pisei ninguém e fui mais longe ao dizer-lhe que era a "sua" equipa e eu só estava a tentar ajudar. Até me sentia próximo dele, especialmente porque jogámos um contra o outro na universidade, temos muitos amigos em comum e somos do nordeste dos EUA - eu de Washington State, ele do Alaska. Isto era a última coisa que esperava que acontecesse", partilhou, relatando que Travante chegou a deixar-lhe um bilhete no cacifo com a morada de casa, para que os dois lutassem. Perante o sucedido, Fenner concluiu que "tudo seria diferente e um de nós teria de deixar o Sporting".
"O sangue começou a sair do meu lábio e percebi que tudo seria diferente. Um de nós teria de deixar o Sporting"
"O Sporting continua a tentar que fique e não me deixa rescindir até encontrarem um substituto. Mas, por causa desta situação, eu e a minha família estamos a pensar voltar para os EUA e lá ponderar o próximo passo, onde quer que seja", finalizou.
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