Cardinal e a célebre final com a Espanha: "Fui para o quarto ver o jogo sozinho"

Portugal foi campeão europeu de futsal em 2018, mas Cardinal não fez parte desse grupo devido a lesão.

Foi frustrante não ter sido campeão europeu pela Seleção?

-Foi muito duro, um misto de emoções. Chorei muito quando Portugal foi campeão europeu. Chorei de alegria e revolta por não poder estar ali. Estou há 12 anos na Seleção, a treinar e jogar para chegar àquele momento e aquele momento chegou e não estava lá, por estar lesionado. Depois de ter estado numa final em 2010, nas meias-finais do Mundial em 2016, e depois, quando se ganha, eu não estar... Foi mesmo muito frustrante. Apesar de ter ficado feliz, porque o nosso futsal já merecia este título há algum tempo, foi muito difícil para mim. Mas fomos uns justos vencedores, porque fomos a melhor equipa.

Como é que, de fora, viu a final contra a Espanha?

-Sinceramente, estava a ver o jogo em casa com a família e houve um momento em que percebi que íamos ser campeões da Europa. Fui para o meu quarto ver o resto do jogo sozinho. Não consegui ver a festa, porque ia ficar doente por não estar lá. Estava muito triste, mas ao mesmo tempo feliz pela modalidade. Já há algum tempo que andávamos a bater à porta do título e conquistámos algo inédito. Depois do jogo, fiquei no quarto a chorar muito.

Conta representar a Seleção no próximo Mundial?

-Claro, agora só tenho é de continuar a trabalhar para poder dar o contributo à Seleção. Como somos campeões da Europa todos nos vão querer ganhar e vai ser muito complicado.

Em caso de qualificação, a que pode Portugal aspirar no Mundial?

-Primeiro, é preciso garantir a presença nesse Mundial, o que não vai ser fácil, porque há outras seleções de muita qualidade que também querem lá estar. Depois, vamos lutar para sermos campeões do mundo. Somos ambiciosos e temos muita qualidade.