Ciclista profissional confessava recentemente grandes dificuldades em conciliar os estudos universitários com o desporto de alta competição
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Kelly Catlin, tricampeã mundial de ciclismo e medalhada olímpica, suicidou-se aos 23 anos.
A atleta foi encontrada sem vida na última sexta-feira na sua casa em Colorado Springs, na Califórnia.
O pai, Mark Catlin, explicou o sucedido numa carta enviada à revista "Velo News", informando que a filha tinha cometido suicídio.
"A dor é insuportável", afirmava Mark Catlin na carta, a propósito de uma atleta que, entre 2016 e 2018, conquistou três títulos mundiais consecutivos na variante de perseguição, ganhando ainda uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, pela seleção dos Estados Unidos de perseguição.
No passado dia 27 de fevereiro, Kelly Catlin tinha escrito um artigo para uma revista a dar conta das dificuldades que sentia em conciliar os estudos universitários com o desporto de alta competição.
Estudante de Matemática Computacional na Universidade de Stanford, Kelly escreveu então: "Ser estudante universitária, ciclista de pista e ciclista de estrada faz-me sentir que, por vezes, tenho que viajar no tempo para conseguir fazer tudo. E mesmo assim há sempre pequenas coisas que me escapam."
Num artigo assinado pela própria, para esta revista da especialidade, Kelly escreveu ainda: "A verdade é que, na maioria das vezes, não consigo fazer tudo como deve de ser. É como fazer malabarismo com facas. E eu falho muitas delas. A sorte é que a maioria acerta na parede e não em mim. Então, como consigo equilibrar três carreiras concorrenciais entre si? É simples. Não as equilibro."