Pode estar iminente uma verdadeira bomba no ciclismo mundial. Segundo noticiado pela Imprensa neerlandesa, através do periódico "WielerFlits", a época velocipédica de 2024 poderá ter uma fusão entre duas das equipas mais vencedoras do ano.
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A Jumbo-Visma e a Soudal Quick-Step estão em negociações desde agosto para uma possível fusão de equipas. Após ser anunciado que a cadeia de supermercados Jumbo iria cessar o seu patrocínio à formação de ciclismo no final de 2024, ainda que deixando em aberto a possibilidade de até acabar antes, surge a possibilidade de o bloco que venceu as três Grandes Voltas se juntar à Quick Step. A segunda, equipa belga, tem tido dificuldades em encontrar financiamento e, ao nível de destaque, só contratou Mikel Landa para ser escudeiro de Remco Evenepoel.
Nos Países Baixos levantava-se a dúvida quanto à continuidade dos três grandes líderes, pois para ter Jonas Vingegaard, bivencedor do Tour, e Wout Van Aert, vencedor de um monumento e comandante nas clássicas, poderia ser necessário dispensar Roglic, campeão do Giro e três vezes vencedor da Vuelta. No entanto, a solução económica pode passar por uma aliança direta com os belgas da Quick Step, ainda sem haver uma real perceção de como tal pode funcionar porque estão demasiados corredores sob contrato e as duas equipas têm licença World Tour. O líder da parceria seria Richard Plugge, da Jumbo, e Patrick Lefevere, da Quick Step, ficaria na comissão de gestão.
A ideia terá partido da equipa neerlandesa que, ao ver a Ineos conversar com a Quick Step para uma possível fusão, chegou-se à frente com uma proposta. A equipa britânica é central neste processo pois tentou aliciar Remco Evenepoel, vencedor da Vuelta'2022, de duas Liège-Bastogne-Liège, e campeão do mundo no ano passado, mas também o próprio Roglic, por entender que não tem um voltista para devolver os tempos de ouro da Sky.
A confirmar-se o cenário, esta equipa ficaria com Van Aert, Vingegaard, Alaphilippe e Evenepoel, candidatando-se a dominar o ciclismo mundial. É um combate direto aos milhões que os britânicos têm investido e, claro, à UAE de João Almeida, Rui Oliveira, Ivo Oliveira e António Morgado, que tem Pogacar como bandeira.
Roglic, entretanto, está a ser cobiçado ainda pela Trek. A formação norte-americana reforça-se em força e tenta a chegada do esloveno, que ficou desiludido por perder a liderança na Vuelta, que acabou por ditar a vitória da camisola vermelha a Sepp Kuss.
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