A chegada de Marcel Matz ao Benfica também significou um salto a nível europeu, passando da Challenge Cup para a Liga dos Campeões. Nesta os encarnados já somam quatro participações.
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Com Pearson Eshenko, Felipe Banderó e Nuno Marques a serem as únicas aquisições do último verão, o técnico brasileiro lidera um grupo estável, explicando como vai fazendo ajustes e porque não tem uma relação muito próxima com os jogadores fora de campo.
Na Liga dos Campeões, as equipas estrangeiras já olham para o Benfica de outra forma?
-Já não somos desconhecidos. Isso tem a parte boa, de sermos valorizados pelos adversários, mas não há mais aquele fator surpresa, dificultando mais o jogo. Este ano, entrámos diretamente na fase de grupos. Fiquei feliz, mas sabia que íamos perder competitividade, porque os jogos de qualificação exigiam cem por cento de nós, pelo menos umas seis semanas de trabalho duro. Fica mais difícil.
De umas épocas para as outras, dá ideia que não é de mexer muito no plantel. É verdade?
-Mexemos quando é preciso. Os jogadores gostam de trabalhar aqui, dedicam-se e identificam-se. Temos um grupo que vai dos 20 aos 41, uma amplitude grande de idade, mas eles ajudam-se, completam-se, discutem entre si. Enquanto isso for acontecendo, não tenho necessidade de fazer muita experiência. Para mim, motivo de troca mesmo seria se os mais jovens evoluíssem a ponto de ter uma possibilidade mais interessante. Torço para que isso aconteça, que usem o Benfica para alavancar a carreira. Os mais experientes, se continuarem rendendo, não tenho motivo de trocar.
Como é a sua relação com os jogadores?
-Até gostava de ter uma relação mais próxima com os jogadores, mas não tenho como o conseguir. Os meus filhos não têm uma pessoa que cuide deles para eu fazer um programa. Estou sempre lá como um pai de família. E como não gosto de, de repente, dar atenção para dois e não dar atenção para todos, evito. Quem tem mais relação são as crianças com os outros filhos, a minha esposa... Eu não tenho.