Portugal terminou Europeus de canoagem em terceiro com "tri" de Pimenta
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Portugal encerrou este domingo no terceiro lugar os Europeus de canoagem, em Szeged, na Hungria, com um total de quatro medalhas mais uma na classe paralímpica, três das quais de Fernando Pimenta.
Após a prata em K1 500 metros conquistada na sexta-feira, hoje foi o bronze nos olímpicos K1 1000 antes do ouro no K1 5000 que encerrou da melhor forma a competição em que a Seleção lusa colocou todas as suas nove tripulações no top 10.
Ao todo, a comitiva nacional averbou três títulos europeus, nomeadamente o de Pimenta, mais os de Iago Bebiano e Kevin Santos, em K2 200 metros, e nos paralímpicos por Norberto Mourão, nos 200 metros que compõem a categoria adaptada VL2.
“É um balanço muito positivo, com cinco medalhas, quase a igualar o nosso melhor resultado em Europeus, com seis pódios em 2014. Foi um bom teste para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com Fernando Pimenta e Norberto Mourão em posição de pódio", congratulou-se o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Vítor Félix, em declarações à Lusa.
O dirigente destacou a canoagem como “uma modalidade de referência em Portugal, sempre a elevar a fasquia e as expectativas dos portugueses”, elogiou os jovens que se estrearam na formação sénior, despedindo-se da Hungria com o sentido do “dever perfeitamente cumprido”.
Pimenta teve em Szeged, a "catedral" mundial da canoagem, o derradeiro teste para Paris'2024, onde sonha alcançar o seu terceiro metal olímpico – seria inédito em Portugal – depois do bronze em Tóquio'2020, em K1 1000 metros, e da prata em Londres'2012, com Emanuel Silva, em K2 1000.
Nos olímpicos K1 1000, o campeão mundial Pimenta e o campeão europeu Balint Kopasz protagonizavam o duelo muito aguardado, mas acabou por ser o outsider Aleh Yurenia, da Bielorrússia, a impor-se na lateral pista nove, habitualmente para os menos fortes, após jogar nas eliminatórias para cair precisamente na pista mais beneficiada em termos de vento.
Mesmo com uma equipa muito limitada, pelas ausências dos campeões do mundo João Ribeiro e Messias Baptista, com preparação específica no K2 500 metros para os Jogos Olímpicos, e de Teresa Portela, em K1 500, a FPC apostou em dar rodagem a um conjunto de jovens, já com resultados internacionais de relevo, para o início da transição da geração dourada da modalidade.
Esse quarteto – Kevin Santos, Pedro Casinha, Iago Bebiano e Gustavo Gonçalves – mostrou qualidade e promete reforçar as opções da seleção para Los Angeles'2028, sonho assumido por todos.
Na competição paralímpica, Norberto Mourão voltou a ser campeão da Europa em ano de Jogos, esperando que seja um bom amuleto para, pelo menos, repetir os Paralímpicos de Tóquio'2020, nos quais foi bronze.
Alex Santos, que também estará nos Paralímpicos de Paris'2024, foi quinto classificado em KL1, com a canoagem adaptada lusa a terminar no sexto lugar, apenas superada por Ucrânia, Espanha, França, Hungria e Reino Unido.
Nos Europeus absolutos, que não contabilizam este ouro, Portugal foi terceiro, apenas superado pelos 10 ouros, seis pratas e quatro bronzes da Hungria e os três outros, 10 pratas e um bronze da Polónia.
Resultados completos de Portugal:
- 200 metros:
K1 Pedro Casinha: nono.
K2 Iago Bebiano/Kevin Santos: Medalha de ouro.
- 500 metros:
K1 Fernando Pimenta: Medalha de prata.
K2 Gustavo Gonçalves/Pedro Casinha: oitavo.
K4 Iago Bebiano/Pedro Casinha/Gustavo Gonçalves/Kevin Santos: 10.º.
- 1000 metros:
K1 Fernando Pimenta: Medalha de bronze.
- 5000 metros:
K1 Fernando Pimenta: Medalha de ouro.
Paracanoagem:
VL2 Norberto Mourão: Medalha de ouro.
KL1 Alex Santos: 5.º lugar.