Aleix Espargaró foi um dos mais acutilantes na avaliação à pista, onde este fim-de-semana se corre o GP da República Checa
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O GP da República Checa, terceira corrida de 2020 do Mundial de motociclismo de velocidade, decorre este fim de semana em Brno e voltou a receber críticas pela sua superfície irregular, que obriga os pilotos a alterarem a forma de correr e a ter mais atenção no momento de optar por certas manobras.
A última vez que se asfaltou a pista checa de Brno foi há 12 anos e, desde então, a cada época,, na reúnião da comissão de segurança se solicitam alterações que nunca são feitas.
Contudo, o traçado com as suas curvas rápidas, subidas e descidas leva um pouco os pilotos a esquecerem-se as irregularidades que provocam vibrações e deslizes.
Quem parece não estar disposto a esquecer os problemas da pista é Aleix Espargaró, que foi o mais duro na avaliação que fez a Brno: "É um dos piores asfaltos em que corri na minha vida. É inaceitável que se corra aqui. Este asfalto é um desastre. Está longe do nível do MotoGP. É como pilotar em cima de água."
Maverick Viñales traçou o paralelismo com a pista de onde o campeonato acabou de sair: "Jerez é um circuito perfeito, sem irregularidades e com aderência; aqui é todo o oposto. Torna-se muito difícil. Não podemos inclinar-nos muito. Temos de trabalhar na eletrónica. Temos de mudar a forma de pensar."
Já Fabio Quartararo referiu: "A aderência é má. Aqui tenho problemas com a parte traseira da moto."
O mais tolerante acabou por ser Valentino Rossi, que esgrimiu o argumento financeiro: ""O problema é o dinheiro. São precisos vários milhões de euros para reasfaltar a pista. Quem é que paga? Este ano não há adeptos. E este é um circuito onde não se roda muito. A decisão é entre a Dorna e o circuito. A situação não é a melhor, mas o circuito continua a ser muito bom."
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