Piloto espanhol falhou a primeira qualificação e naquela que era uma "repescagem" para os últimos três carros foi superado a fechar pelo novato Kyle Kaiser. Resta a hipótese de comprar um lugar...
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Fernando Alonso era apontado como um dos candidatos ao triunfo nas 500 Milhas de Indianápolis do próximo domingo e... nem sequer vai correr. O piloto espanhol e a McLaren-Carlin, sua equipa na Fórmula Indy, sofreram uma eliminação embaraçosa, ao não conseguirem ficar entre os 33 melhores da qualificação.
Faltando-lhe vencer a mais famosa das corridas americanas para completar a denominada Triple Crown - vitórias no Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1 (ou título mundial), nas 24 Horas de Le Mans e na Indy'500 -, um feito não oficial mas tão famoso que até hoje já 19 pilotos o tentaram e só o britânico Graham Hill o conseguiu, Fernando Alonso vai ter de adiar por pelo menos mais um ano a sua ambição.
Tendo ganho duas vezes no Mónaco (2006 e 2007) e uma em Le Mans (2018), Alonso esteve perto do feito em 2017, pois chegou a liderar em Indianápolis, mas o motor Honda do carro da Andretti falhou a 21 voltas do fim.
Este ano, já afastado da Fórmula 1 e com a McLaren a fazer uma aposta na Indy, os problemas de Alonso começaram com uma saída de pista há quatro dias. Utilizando um novo carro, o espanhol falhou a qualificação que no sábado apurou os 30 primeiros da grelha de partida, conseguindo apenas colocar-se entre os seis que iriam discutir três lugares extra na 11.ª e última fila.
Numa sessão atrasada pela chuva, o antigo campeão mundial de Fórmula 1 pareceu ser bem sucedido ao fazer quatro voltas a uma média de 227,353 km/h, o que lhe valia a 33.º posição, mas a fechar o jovem Kyle Kaiser, da modesta equipa Juncos, fez 227,372 km/h e tirou-lhe o lugar. Ironia final: Kaiser também estava em dificuldades por se ter despistado nos primeiros treinos, pelo que nem esse argumento salva Alonso...
Resta, agora, a possibilidade de comprar um lugar numa outra equipa, prevista pelos regulamentos da prova e muito utilizada há duas ou três décadas, mas isso obrigaria a correr com outro carro e partir do último lugar. Alonso, no sábado, não se mostrara adepto da ideia.