AMA admite recorrer contra o italiano, criticado pelo castigo de seis dias num caso de esteroides.
Corpo do artigo
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) vai analisar o castigo de apenas seis dias, em datas fora de competição, aplicado a Jannik Sinner por ter acusado o esteroide anabolizante clostebol em dois controlos efetuados em março. A pena, já criticada por vários tenistas, foi excecionalmente leve por se ter considerado, na Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA), que o italiano líder mundial “não teve intenção de se dopar”.
A AMA, que não prevê atenuantes no caso de positivos com esteroides e aplica penas de dois anos para uma primeira infração, poderá recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto, procedimento habitual quando considera as penas demasiado leves. Neste caso, terá o aplauso dos que contestam ter sido Sinner “contaminado” por um dedo do fisioterapeuta que teria tomado o clostebol.
“Que dirão os que foram punidos por faltarem a três controlos sem nunca acusar positivo”, escreveu Lucas Pouille, francês que eliminou Jaime Faria no US Open, numa alusão à pena (18 meses) que levou Mikael Ymer a acabar a carreira. “Podiam parar de nos considerar idiotas”, acrescentou, juntando-se às críticas de Nick Kyrgios e Denis Shapovalov.