A alteração de datas pode, portanto, ter influência nos resultados finais dos Jogos, ao "beneficiar os mais novos e prejudicar os mais velhos", mas é a única solução possível, no entender do presidente da FPR.
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O presidente da Federação Portuguesa de Remo (FPR) mostrou-se de acordo com as novas datas definidas pelo Comité Olímpico Internacional (COI) para Tóquio'2020, defendendo que "a festa dos Jogos Olímpicos tem de ser no verão".
Apesar de "mais um ano de incertezas" para quem ainda não está apurado, Luís Ahrens Teixeira sublinhou, em declarações à agência Lusa, que a realização dos Jogos Olímpicos numa data semelhante à que estava prevista antes do adiamento, devido à pandemia de covid-19, é "o que faz sentido".
"O fator menos positivo é para alguns atletas mais veteranos, com mais de 40 anos, que estão mesmo no limite das suas carreiras e terão de restruturar a sua preparação", explicou o dirigente, que tem conhecimento de "alguns casos" a nível internacional.
A alteração de datas pode, portanto, ter influência nos resultados finais dos Jogos, ao "beneficiar os mais novos e prejudicar os mais velhos", mas é a única solução possível, no entender do presidente da FPR.
"Não havia outra hipótese. O desporto passou completamente para segundo plano, não é uma prioridade da humanidade neste momento e todos temos de nos adaptar a isso", concluiu Luís Ahrens Teixeira.
Os Jogos Olímpicos estavam marcados para decorrerem entre 24 de julho e 9 de agosto de 2020, mas foram adiados em um ano, para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021, devido à pandemia de covid-19.
Esta decisão inédita foi tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional".
O anúncio das novas datas foi feito hoje por Yoshiro Mori, pouco depois de uma conversa telefónica com o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.