Benfica, Sporting, Barcelos e FC Porto foram os top-4 da época passada e deverão baralhar, ou não, os lugares este ano, com uma Oliveirense bem reforçada, também à custa do esvaziamento do Valongo.
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A 83.ª edição do Campeonato Nacional dá continuidade ao desfile de (quase) todos os melhores jogadores do mundo e promete nova luta aberta pelo título com cinco candidatos: Benfica, Sporting, Óquei de Barcelos e FC Porto (por esta ordem na tabela final da época passada); se a cotação baixou para o lados de Valongo, por causa da renovação do plantel, a Oliveirense ressurge com legítimas aspirações, graças a um investimento à moda antiga.
Na maior Liga do planeta não existe crise e os favoritos são também os mais fortes no ranking dos orçamentos. A fase regular volta a apurar os oito primeiros para o play-off, enquanto na metade inferior cinco equipas safam-se e três descem.
Detentor do título, o Benfica já deixou os primeiros sinais de ambição, conquistando a Elite Cup e a Supertaça. Mantém o técnico Nuno Resende à frente de um luxuoso plantel, do qual saiu Edu Lamas como único peso pesado, voltando de empréstimo os jovens Lucas Honório e Pol Manrubia.
Historicamente, o maior rival dos encarnados é o FC Porto, cujo quarto lugar na época passada foi frustrante, mas compensado pelo triunfo na Liga dos Campeões europeus. Os dois clubes têm o mesmo número de títulos (24) e para o Dragão Arena voltou Hélder Nunes e foi apresentado Lamas, numa aposta na experiência de duas pedras que acrescentam solidez à equipa e vão procurar inverter um ciclo.
Há dois anos, Ricardo Ares tomou conta da equipa e açambarcou os principais títulos internos, para a seguir ter uma época irregular, salva pelo título europeu. Agora, ganhar tudo é o objetivo do costume, sendo o hóquei em patins a única modalidade portuguesa em que uma mão cheia de clubes pode gritar alto a candidatura a uma dobradinha nacional e europeia.
O Sporting apresenta o plantel com a mais velha média de idades (29,9), embora, olhando para os maiores concorrentes, esteja visto que a veterania é um ponto de partida para o sucesso. A média do FC Porto é de 28,9, a do Benfica 28,6 e a do Barcelos a mesma da Oliveirense (28,5). Todos os restantes são mais "novos" e, voltando à equipa dirigida por Alejandro Domínguez, a espinha dorsal mantém-se e Rafael Bessa e Facundo Bridge vieram de Valongo.
Foi à volta do clube do concelho do Porto que se deu a maior agitação no mercado. As saídas do recém-internacional Nuno Santos, Diogo Abreu e Facundo Navarro, rumo à Oliveirense, estenderam-se ao treinador Edo Bosch, de novo em Oliveira de Azeméis, após lá ter sido adjunto de Renato Garrido. A este, que deixou o cargo de selecionador, cabe a diferente e dura missão de recompor o Valongo - segundo plantel mais novo (23,7 anos), atrás do promovido Carvalhos (22,19).
Hóquei de Braga - perigoso nas provas europeias - e Sporting de Tomar partem com as habituais aspirações de chegarem ao play-off; Famalicense e Murches mostraram que podem fazer outro campeonato sem o estigma da descida, algo que Riba D"Ave tem sabido evitar. Grande expectativa no regresso do Turquel e na estreia da Juventude Pacense para a discussão do, sem descortesia, campeonato dos últimos.
CAMPEONATO PLACARD
1.ª jornada: Hoje
Barcelos -J. Viana (21h30)
Juv. Pacense-Sporting (17h30)
Sp. Tomar-Turquel (18h00)
Riba d"Ave-Oliveirense (18h30)
Barcelos-Murches (21h30)
HC Braga-Benfica (05/10, 17h00)
Famalicense-FC Porto (05/10, 18h00)
Valongo-Carvalhos (05/10, 18h30)
2.ª jornada: 07/10/2023
Murches-Juv. Pacense (16h00)
Oliveirense-Barcelos (18h00)
Turquel-Riba d"Ave (21h00)
FC Porto-HC Braga (08/10, 15h00)
Sporting-Famalicense (08/10, 15h00)
Carvalhos-Sp. Tomar (08/10, 18h00)
Benfica-Valongo (08/10, 19h00)