Sérgio Conceição: "Ainda agora tive o roupeiro a queixar-se que saiu daqui às 21h00..."
Sérgio Conceição na conferência de imprensa de antevisão do FC Porto-Moreirense
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Críticas de Villas-Boas à estrutura do FC Porto: "Compreendo todas essas questões e preocupações, mas não é o meu foco. A minha atenção está no jogo de amanhã [hoje], que é o mais importante para mim."
Melhor fase do FC Porto: "Com os jogadores disponíveis e que têm mais minutos nos últimos dois jogos, conseguimos duas vitórias e isso é importante. Mas vamos mudando ao longo do tempo. Partindo de um 4x4x2, 4x2x3x1, 4x4x3, 3x5x2, 3x4x3 ou o que for, depois há tudo o resto. Os jogadores têm de correr quando têm e não têm a bola. Se queremos mudar só por mudar de um momento para o outro, porque entretanto houve aí um peditório para a igreja do FC Porto para metermos os jogadores que ao olho parecem ser os mais bem apetrechados para dar espetáculo para as bancadas, isso não funciona comigo, porque não é assim. Se estamos agora a jogar num 4x2x3x1, 4x3x3 ou um 4x4x2 dentro do mesmo jogo, requer trabalho. Porquê? Porque o segundo avançado ou o terceiro médio ofensivo não é um avançado puro. Estamos a falar de características diferentes. Depois, os jogadores que jogam por fora, por vezes exploram o espaço dentro, embora aqui não seja o caso, porque quem tem jogado é o Galeno e o Francisco [Conceição], que exploram mais o espaço exterior. Há que ter gente que compreenda bem no corredor central está a baliza adversária e a nossa. Ou seja, é preciso trabalho em todos esses momentos do jogo. Não é estala-se o dedo e agora vamos jogar em 4x3x3, porque esses jogadores podem ter mais qualidade. Não é assim. Não funciona assim. Isto requer trabalho ao longo das semanas. Já mudámos a nossa forma de jogar mais de 10 vezes nestes sete anos e, para elas serem eficazes no jogo, tem de haver um trabalho por trás."
Os obreiros e o Jardel: "Os jogadores são os grandes obreiros disso, porque aceitam a mensagem e percebem o que queremos, em função sempre da nossa equipa e ajustando também uma ou outra situação ao adversário, porque também tem qualidade e valia, não só no campeonato, como na Liga dos Campeões. Olho bastante para os adversários para perceber como os podemos anular ou explorar fragilidades que possam ter. É esse trabalho que fazemos aqui. Ainda agora tive o roupeiro a queixar-se que saiu daqui às 21h00 há dois dias. Não tem de se queixar, tem de fazer. Mas estava na conversa comigo e a deixar cair esse tema. O Jardel tem estas coisas. [risos] Não tenho tempo para pensar nas eleições. Obviamente é um momento importante para a vida do clube, mas há coisas mais importantes para mim."