Maioria alargada contra proposta da UEFA, apoiada pela Juventus, que foi a única equipa da Serie A que votou favoravelmente
Corpo do artigo
Os clubes italianos rejeitaram, em assembleia geral da Seria A - liga transalpina -, a proposta da UEFA de reforma da Liga dos Campeões, com efeitos a partir de 2024.
Apenas a Juventus, dirigida por Andrea Agnelli, que é também presidente da ECA (Associação Europeia de Clubes) se manifestou contra a resolução que rejeita uma superliga europeia, fechada, com promoções e despromoções dentro da própria competição. Quinze dos 20 emblemas transalpinos aprovaram a resolução e quatro abstiveram-se: Inter de Milão, Roma, AC Milan e Fiorentina.
Em declaração oficial, o organismo italiano fez saber: "Acreditamos, com firmeza, que a qualificação para as competições da UEFA deve decorrer, única e exclusivamente, do desempenho dos clubes nos campeonatos domésticos, pois qualquer modelo mais fechado colocará em risco o valor das provas nacionais".
10998649
"Da mesma forma, expressamos as nossas preocupações sobre os impactos económicos e competitivos na Serie A com a reforma proposta pela UEFA. Estamos esperançados que a UEFA tenha em consideração as nossas observações e continuaremos a trabalhar com a European Leagues (associação das ligas profissionais europeias) para implementar um modelo diferente, que preserve a sustentabilidade dos campeonatos nacionais e as competições europeias", conclui.
Este não dos clubes italianos à proposta da UEFA, que tem o apoio da ECA - Champions com subidas e descidas e jogos aos fins de semana -, engrossa o coro de vozes que se levantaram contra o projeto na Alemanha, Inglaterra, Espanha e França.
Na Alemanha a proposta foi recusada por unanimidade pelos 36 clubes das ligas profissionais. Mais do que subidas e descidas na Champions, os alemães não admitem jogos da UEFA aos fins de semana, por entenderem que fragilizariam de vez as ligas nacionais.
No mesmo dia 15 de maio, em França, num universo de 20 clubes da Ligue 1, foram 17 a votar contra e os três restantes (PSG, Lyon e Marselha) abstiveram-se.
Em Inglaterra o debate, levado a cabo em abril, foi mais longe. Os clubes consideraram a proposta uma ameaça à Premier League e não só a rejeitaram liminarmente como assumiram o compromisso de se juntarem e trabalharem em defesa do futebol inglês, começando com uma premissa: os calendários domésticos são intocáveis.