Messi fala em "dois aos difíceis" no PSG e diz que merece despedida no Barça
Em entrevista conjunta ao Sport e ao Mundo Deportivo, Messi confirmou o seu próximo destino e abordou a relação com o Barcelona e o sonho de ainda ter uma despedida como merece, entre outros assuntos
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Despedida do Barcelona: "Gostaria de um dia ter uma despedida como a de Jordi, Busi, Iniesta ou Xavi. Eu mereço-o."
Próxima etapa: "Vou para Miami para viver o futebol de uma forma diferente e desfrutar do dia-a-dia".
Etapa no PSG: "Pelo meio desta época houve o Campeonato do Mundo e penso que afetou um pouco todas as equipas. Condicionou muito a segunda parte da época. Tinha esperança de terminar de forma diferente. Foram dois anos difíceis... para mim, mas já passaram. Nunca, nunca quisemos ir embora do Barcelona. Foi muito, muito, muito difícil, mas a família apoia-me e é uma decisão conjunta, não apenas minha. Ia ser um Verão longo e não quero passar pelo que já passei. Preferi tomar a decisão de acabar, ter calma e pensar no meu futuro, planeando já o que sei que vai ser possível. Foram dois anos em que não fui feliz, em que não me diverti e isso afetou a minha vida familiar, em que perdi muitas coisas."
Saudades do Barcelona: "Sim, claro que sim, senti a falta do Barcelona. E ainda mais no início, quando o primeiro ano aqui foi tão difícil para mim. Depois de ter saído, depois de tudo o que se passou, obviamente, acompanhei-o, vi os jogos e sempre, sempre, tive saudades. Não me despedi das pessoas como gostaria e como penso que merecia, como também merecia despedir-me dos jogadores que mencionei no início. Gostaria de me ter despedido dessa forma. Por outro lado, também correu um boato horrível de que eu tinha sido o mau da fita e também não gostei disso, porque não foi assim. É por isso que gostaria, a dada altura, de fazer uma verdadeira despedida com as pessoas que tanto vivemos, tanto desfrutámos e tanto sofremos. Mas foram tantos anos juntos. E eu gostava de me despedir da forma que sinto."
Decisão de ir para os Estados Unidos: "De alguma forma, queria tomar a minha própria decisão, pensando em mim, na minha família. Apesar de ter ouvido dizer que a liga tinha aceitado tudo e que estava tudo bem para eu voltar... ainda faltavam muitas outras coisas. Ouvi dizer que tinham de vender jogadores ou baixar os salários dos jogadores e a verdade é que eu não queria passar por isso, nem tomar conta nem ter nada a ver com tudo isso."
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