Bartomeu desvaloriza polémica com antigo vice-presidente do Conselho de Arbitragem
Uma investigação levada a cabo pelo fisco espanhol revelou esta quarta-feira que o Barcelona pagou 1,4 milhões de euros a uma empresa detida por José María Negreira, vice-presidente do Comité de Arbitragem da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) entre 1994 e 2018, ao longo de dois anos, de 2016 a 2018.
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Josep Maria Bartomeu, antigo presidente do Barcelona, reagiu esta quarta-feira à polémica que surgiu após uma investigação levada a cabo pelo fisco espanhol ter revelado que o clube pagou 1,4 milhões de euros a uma empresa detida por José María Negreira, vice-presidente do Comité de Arbitragem da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) entre 1994 e 2018, ao longo de dois anos, de 2016 a 2018.
Após a notícia desses pagamentos ter surgido a público, o Barcelona reagiu por via de comunicado, garantindo que foram resultado de ter solicitado relatórios técnicos sobre jogadores a atuar em divisões secundárias do futebol espanhol, complementados com aspetos de arbitragem, uma prática que descreve como "comum em clubes profissionais".
Contactado pelo jornal espanhol Marca, Bartomeu, que presidiu o emblema catalão entre 2014 e 2020, desvalorizou a polémica gerada pelo pagamento ao ex-árbitro, dizendo que "todos os clubes precisam de análises sobre jogos a partir do ponto de vista da arbitragem".
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Admitindo que estes relatórios chegavam ao clube numa base diária por parte da empresa detida por Negreira, Bartomeu revelou que esta prática já existia antes de ter assumido funções no clube, tendo sido iniciada em 2001, quando Joan Gaspart presidia o Barcelona.
Bartomeu disse ainda que decidiu terminar com este serviço em 2018 devido ao custo elevado que implicava, numa altura em que o emblema atravessava graves problemas financeiros, o que ditou o arranque de uma política de redução de custos, com os relatórios a passarem a ser realizados internamente.
Ainda de acordo com o antigo dirigente do clube, os tais relatórios eram relativos a todos os jogos da equipa principal e secundária do Barcelona nas respetivas provas internas, assim como de jogadores da academia blaugrana.
A investigação do fisco espanhol aos pagamentos recebidos por José María Negreira prossegue, com base em suspeitas de fraude fiscal por parte do antigo dirigente de arbitragem.
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