Dupla de TikTokers belga inventou estratagema – que deu resultado – para entrar no Allianz Arena na véspera do PSG-Inter. Neal Remmerie e Senne Haverbeke recorreram à rede social onde se tornaram famosos para expor uma aventura que, além de bem sucedida, lhes permitiu assistir “ao melhor jogo” que já viram.
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Se há histórias que dariam um filme – ou, quem sabe, até são inspiradas no cinema –, a que envolve os dois “tiktokers” belgas Neal Remmerie e Senne Haverbeke é certamente uma delas. Os dois jovens arranjaram um estratagema para assistir de graça à final da Champions do passado sábado, em que o PSG goleou o Inter de Milão (5-0), mas para isso tiveram de passar 27 horas escondidos nas casas de banho do estádio Allianz Arena, onde ontem Portugal jogou para a Liga das Nações, com a Alemanha.
“O plano era entrar no estádio na véspera da final”, contou Neal, de 20 anos, ao meio belga “VTR News”. “A UEFA dispõe de um sistema de segurança muito eficaz, portanto tentar entrar no próprio dia do jogo parecia impossível. A única maneira de o conseguir era na véspera”. Os dois amigos decidiram, então, vestir coletes florescentes e, carregando sacos com alguns adereços, entraram no recito, dirigindo-se às casas de banho. “Fizemos uns cartazes com a inscrição ‘WC Defekt’ [WC avariado], o logótipo de uma empresa alemã de canalização e o do Bayern Munique [clube dono do estádio]”, explicou Neal.
A dupla acabou por divulgar na rede social chinesa “TikTok” a aventura que protagonizou e que incluiu 27 longas horas passadas nas casas de banho. “Tínhamos mochilas com comida e usámos o telemóvel para passar o tempo. Tivemos de ficar em completo silêncio, porque ao nosso lado havia pessoas a utilizarem as casas de banho”. Com as luzes sempre acesas e na posição em que estavam, sentados, dormir foi missão impossível. “Fisicamente e mentalmente foi difícil”, acrescentou.
Quando se aperceberam que os adeptos começavam a entrar no recinto, os dois resolveram deixar o esconderijo e aceder às bancadas, contando com a “ajuda” da segurança e o pretexto de os bilhetes já terem sido verificados à entrada. “Estivemos a ver qual dos seguranças era o menos atento. Ao telefone e com a comida na mão, seguimos o nosso caminho e, de súbito, estávamos no interior”.
Além de não terem pago bilhete, os dois “TikTokers” ainda tiveram a oportunidade de vibrar com um jogo que descreveram como “o melhor” que já viram. Refira-se que esta não foi a primeira vez que protagonizaram algo do género, tendo, por exemplo, assistido à final da Taça da Bélgica, entre Clube Brugge e Anderlecht (2-1, a 4 de maio último), fazendo-se passar por vendedores de batatas fritas.