AC Milan de cara lavada vai tentar contrariar a ambição de reconquista do título do rival Inter. Juventus renovada também é clara candidata
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Duas épocas depois de trocar a Roma pelos franceses do Lille, Paulo Fonseca regressa à Serie A para assumir aquele que será o maior desafio da sua carreira: tentar devolver o AC Milan aos títulos, e logo depois de uma temporada em que o clube acabou a 19 pontos do eterno rival Inter, terceiro campeão diferente desde a quebra da série de nove vitórias consecutivas da Juventus, em 2020.
Os sinais dados pelos rossoneri na pré-temporada foram positivos: vitórias ante Manchester City, Real Madrid e Barcelona (após desempate por penáltis) na digressão pelos Estados Unidos, bem como a conquista do Troféu Berlusconi após bater o Monza, já em solo italiano. O emblema milanês mexeu-se de forma cirúrgica no mercado, garantindo a contratação de elementos para posições carenciadas, destacando-se o nome de Morata, capitão da seleção espanhola que conquistou o Europeu na Alemanha e que chega a Milão para substituir o veterano Giroud, agora a atuar nos Estados Unidos. A grande figura, porém, continua a ser Rafael Leão, bastante elogiado pelo novo técnico já nesta pré-temporada.
O favoritismo continua, ainda assim, a cair para o lado dos nerazzurri. Depois de uma conquista absolutamente autoritária em 2023/24 sob o comando de Simone Inzaghi, que se mantém no comando da equipa, o Inter de Milão manteve a estrutura, não vendo sair nenhum dos principais elementos e garantindo reforços de peso... sem custos, como foram os casos de Zielinski, titular indiscutível do Nápoles nas últimas oito temporadas, e Taremi, que deixou as suas qualidades bem patentes no futebol português nos últimos cinco anos (um no Rio Ave e quatro no FC Porto).
A Juventus, agora liderada por Thiago Motta, que levou de forma absolutamente inesperada o Bolonha à Liga dos Campeões, é outra candidata clara ao scudetto, ainda que o plantel continue com algumas interrogações - Chiesa, uma das figuras da equipa nos últimos anos, estará de saída, estando a Vecchia Signora no mercado em busca de mais atacantes e especialmente extremos, tendo demonstrado interesse em Francisco Conceição, Galeno e Edwards, os dois primeiros do FC Porto e o último do Sporting. Espera-se igualmente um Nápoles bem mais forte do que na última época, agora que Antonio Conte assumiu o leme.
Num patamar imediatamente abaixo surgem Atalanta, Roma, Lázio e Fiorentina, que patrocinará o regresso de De Gea aos relvados, depois de um ano sabático após o fim da ligação de 12 anos com o Man. United. Em relação ao Bolonha, agora treinado por Vincenzo Italiano, o desafio será conjugar as provas internas com os jogos europeus.
As maiores representações lusas estarão, para já, em Udine e Monza. Na Udinese, é ainda incerto que Domingos Quina e Vivaldo Semedo permaneçam no plantel após o fecho do mercado, ao contrário do reforço Gonçalo Esteves; no Monza, Pedro Pereira e Dany Mota são já “prata da casa”.