Tottenham-Manchester United: a final que vale por duas épocas

Joga-se esta noite em Bilbau muito mais do que “apenas” uma final europeia. Em causa está não só a salvação da temporada em curso para Manchester United e Tottenham, como também a preparação da que se iniciará após o verão, com o vencedor a esfregar as mãos pelos milhões que receberá da entrada na Liga dos Campeões – objetivo já várias vezes assumido por Rúben Amorim.

“Temos muitos jogadores com experiência, como o Casemiro, que já ganhou cinco Ligas dos Campeões, e o Bruno [Fernandes], que também já esteve numa final [da Liga Europa em 2020/21]. É essa experiência que nos vai valer amanhã. Interessa mais a forma como vamos entrar no jogo. Se estivermos concentrados, conseguimos competir com qualquer equipa”, garantiu o treinador português.

Frente a frente estarão dois gigantes adormecidos, liderados por treinadores já com experiência em lidar com jogos decisivos, sendo que Amorim perde por pouco na comparação estatística. O técnico luso, de 40 anos, tem sete finais disputadas na carreira (iniciada em 2018/19), com a curiosidade de ter ganho as primeiras quatro que disputou (uma Taça da Liga pelo Braga e mais duas pelo Sporting, além de uma Supertaça pelos leões), perdendo as três seguintes, sempre pelos verdes e brancos (uma Taça da Liga, uma Taça de Portugal e uma Supertaça) e todas ante o FC Porto.

Ange Postecoglou, de 59 anos, tem um historial mais recheado, fruto da natural maior longevidade da carreira (iniciada há quase 30 anos). Ao todo, o técnico australiano ganhou 13 das 15 finais que jogou, num pecúlio construído essencialmente no seu país (clubes e seleções).

A final de hoje também poderá consagrar um quinto treinador luso a erguer uma taça europeia de clubes, após os êxitos de José Mourinho (duas Ligas dos Campeões, duas Ligas Europas e uma Liga Conferência), Artur Jorge (uma Liga dos Campeões), André Villas-Boas (uma Liga dos Campeões e uma Liga Europa) e Anselmo Fernández (uma Taça das Taças).