Gelson Martins diz-se arrependido de ter empurrado um árbitro na Liga francesa, mas considera nova sanção "exagerada".
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Foi a 1 de fevereiro deste ano que Gelson Martins empurrou o árbitro Mikael Lesage, num jogo entre o Mónaco, que representa, e o Nimes (os monegascos perderam por 3-1). O internacional português foi expulso e punido com mão pesada pelas autoridades competentes: inicialmente foram seis meses de suspensão, estendidos recentemente até novembro, debvido à paragem motivada pela pandemia de covid-19.
Em entrevista ao L'Équipe, o extremo diz-se "arrependido" do ato e admite até alguma vergonha, mas manifesta-se contra o congelamento e consequente prorrogação do castigo, que considera "exagerado".
"Percebo totalmente que o que fiz não foi correto. Ninguém deve fazer aquilo. Sou pai e tenho vergonha que os meus filhos vejam as imagens do que fiz. Fui castiado e foi pesado. Aceitei a sanção. Vê-la prolongada foi como levar uma facada no peito", começou por dizer Gelson ao jornal L'Équipe. O jogador e o Mónaco apresentaram recurso no Comité Olímpico Francês do Desporto: "Pedi desculpa pelo que fiz ao árbitro e a toda a gente. Aceitei e paguei por isso. Foi complicado, passei um tempo sem jogar. Estou triste, mas aprendi com o castigo. O que posso dizer é que nao voltará a acontecer", acrescentou, prosseguindo:
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"Seis meses é muito tempo. Era o suficiente. Não percebo porque mudaram a sanção. Passar de seis meses para dez... Foi um choque, só pensava no início da nova época para voltar a jogar. (...) O campeonato parou, mas não tive nada a ver com isso. Não percebo. Sinto-me como se me tivessem cortado as asas. Sei que o que fiz está errado, mas aprendi com isso", rematou o ex-Sporting, de 25 anos.