ENTREVISTA, PARTE II - Médio de 23 anos aborda o crescimento que conseguiu alcançar no passado recente e curva-se ao impacto de como vai redimensionando o seu jogo e desfrutando de outros ambientes
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Franco percorre as duas épocas magníficas em que fez 71 jogos pelo Moreirense, com Paulo Alves e Rui Borges.
Em nove jornadas do Championship, Franco esteve em oito jogos sempre como titular, sendo elogiado e aclamado pelos adeptos
O tempo passado no Moreirense foi o mais ajustado à evolução ou podia ter saído mais cedo?
-Desde que cheguei ao Moreirense, com 19 anos, acho que a minha caminhada no clube foi sempre positiva, tendo jogado sempre. Mas foi, efetivamente, nos últimos dois anos que logrei a afirmação que desejava, algo muito significativo para mim, que me fez chegar até esta realidade. Dois anos em que me afirmei, tanto na II Liga, em que fomos campeões e fizemos um campeonato no qual batemos todos os recordes, como na I Liga, na qual também batemos alguns recordes, inclusive fazendo a melhor pontuação do clube na prova até hoje.
Subida com Paulo Alves, grande época com Rui Borges... Como resume estas campanhas e a importância dos técnicos?
-Nunca tinha trabalhado com nenhum dos dois! Começou na II Liga com o míster Paulo Alves, em que tinha definido para mim que tinha de jogar todos os jogos, voltando a valorizar-me a sério, afirmando-me na equipa. Trabalhei, tive a oportunidade e agarrei-a, jogando a época toda, fazendo juntamente com os meus colegas coisas muito bonitas nessa temporada. Pelo míster Rui Borges tenho um carinho especial, não quero dizer que não goste dos outros treinadores, atenção, porque dou-me bastante bem com quase todos. Mas devo dizer que o Rui foi especial. Não só ele, mas toda a sua equipa técnica. Sem dúvida, mais cedo ou mais tarde, irá ser outro treinador português com muito sucesso, não só pelo profissional que é, mas acima de tudo como homem. O que ele fez no Moreirense, e a forma como o fez, foi de louvar. Não é por acaso que continua a ter sucesso este ano, no Vitória.
Pai de Franco deixou marca no Rio Ave. Fez 92 jogos na I Liga. Antes foi do Nacional, então moeda de troca na operação de CR7 para o Sporting
De Portugal para Inglaterra, houve uma melhoria imediata no jogador que é?
-Ajuda a melhorar a nível físico, irá fazer-me um jogador mais explosivo e forte e com mais ritmo. A qualidade no passe e remate são outros aspetos que posso melhorar, algo que acabo por gostar, porque vim para evoluir em tudo.
E o que dizer sobre a atmosfera nos estádios?
- Só vivendo é que se consegue explicar este ambiente.Já gostava de ver na televisão, mas agora é outra coisa. É distinto do que presenciava. Se bem que o Moreirense seja de uma vila com pessoas muito humildes e mesmo assim os adeptos iam a todo o lado ver-nos jogar. Sou muito grato às pessoas e ao clube.