
Festa de Curaçau após garantir primeiro Mundial
AFP
Ilha caribenha qualificou-se para o seu primeiro Mundial e tornou-se no país mais pequeno de sempre a disputar o torneio, retirando esse título a Cabo Verde, que ia destronar o recorde em vigor da Islândia
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A seleção de Curaçau fez história na madrugada desta quarta-feira ao empatar 0-0 com a Jamaica, cumprindo o sonho de se qualificar para o seu primeiro Mundial.
Em 2026, a ilha das Caraíbas, com pouco mais de 150 mil habitantes, vai tornar-se na nação mais pequena a disputar a fase final de um Campeonato do Mundo, batendo o recorde da Islândia (405 mil habitantes), que esteve no Mundial'2018. Em termos de área quadrada, Cabo Verde previa receber esse título após também ter garantido um apuramento inédito em outubro, mas foi "destronado" por Curaçau.
Em declarações ao jornal Marca, Gilbert Martina, presidente da Federação de Futebol de Curaçau, mostrou-se radiante com este dia histórico para o seu país, falando num sonho cumprido e no culminar de um projeto com muitos anos de crença.
"Depois de 21 anos, pudemos culminar o projeto mundialista que iniciámos em 2004. É uma sensação muito grande, muito bonita e isto é para todos os curaçauenses que estão por todo o mundo: América, Europa, na ilha... e também para aqueles que amam Curaçau, de onde sejam. Somos pequenos em tamanho, mas grandes em alma e no coração. Creio que o nosso sucesso foi a perseverância. Todos acreditámos que algum dia nos qualificaríamos para o Mundial e por fim conseguimos", enalteceu, acrescentando, eufórico, que "não quer saber" de quais os adversários que o sorteio de 5 de dezembro ditará: "Que venham todos, nós já ganhámos o Mundial".
Leandro Bacuna, capitão e maior internacional da história de Curaçau, com 68 internacionalizações (e 16 golos), teve um discurso semelhante: "Estamos muito contentes, isto significa muito para nós. Lutámos pelo menos 15 anos para estarmos aqui e merecemos. Não me importo de quais os adversários que nos calhem. Ninguém acreditava em nós, mas conseguimos".

