Sindicato exige 21 dias de férias para o Real Madrid

O sindicato espanhol de futebolistas (AFE) saiu ontem em defesa do adiamento do jogo do Real Madrid referente à primeira jornada de La Liga, marcado para 16 de agosto, diante do Osasuna. Uma decisão que poderia permitir que os atletas merengues possam ter direito a 21 dias consecutivos de férias, conforme está estipulado no Contrato Coletivo de Trabalho.

A equipa merengue defronta este sábado o Dortmund para os quartos de final da prova, mas se chegar até à final, a realizar no dia 13, os jogadores regressam à Europa a 14 e só entram de férias a 15. Caso a pré-época tenha a duração de duas semanas, isso significa que os jogadores também não tenham mais do que duas semanas de férias – o que, aliás, aconteceria com quase todas as restantes equipas europeias que ainda estão em prova no Mundial de Clubes.

É que, além do Real Madrid, também Chelsea, Bayern e PSG têm os primeiros jogos oficiais da nova época nesse fim de semana (de 16 e 17 de agosto) – só o Dortmund começa a competir uma semana depois. Aliás, de entre as equipas que já foram eliminadas, os jogadores do Benfica, por exemplo, também só poderão gozar 14 dias de férias (de 30 de junho a 13 de julho), uma vez que começam a pré-época no dia 14 (para defrontarem o Sporting a 31, na Supertaça).

O Real Madrid tem ainda essa hipótese de conseguir o adiamento do embate da primeira jornada, tendo o sindicato apresentado três datas alternativas para o duelo com o Osasuna: 27 de agosto, 29 de outubro ou 3 de dezembro.

“Deviam adiar já esse jogo e deixar de pôr os interesses da indústria à frente da saúde dos jogadores. Isso é prejudicial para o Real Madrid, que está na LaLiga. O Real devia poder começar mais tarde, porque é uma equipa que está no Mundial de Clubes em representação da Liga e além do mais os jogadores valorizam os clubes”, comentou uma fonte do sindicato à Agência EFE.