A Roja não perde com a seleção germânica desde o Euro’88, tendo em 2020 goleado a Mannschaft por incríveis 6-0
Corpo do artigo
Não há um amante de futebol com idade adulta (ou lá perto) que não conheça a célebre frase de Gary Lineker, proferida após a eliminação de Inglaterra diante da Alemanha nas meias-finais do Mundial de 1990: “No futebol são 11 contra 11 e no fim ganham os alemães.” Em Espanha, todavia, há muito que se rebate essa afirmação histórica - e nos palcos mais importantes.
Dia 17 de junho de 1988. Foi essa a última vez que a Alemanha venceu a Espanha em jogos oficiais, e curiosamente também durante o Campeonato de Europa: aconteceu na terceira jornada da fase de grupos, com os germânicos a vencer por 2-0, num bis de Rudi Voller que apurou a Mannschaft para as meias-finais e tirou a Roja da prova de forma precoce.
Daí para cá, foram seis os jogos de cariz oficial entre as duas seleções, com três vitórias para os espanhóis e mais três empates. Os triunfos da Roja, de resto, revestiram-se todos de enorme importância: o primeiro valeu a conquista do Euro 2008; o segundo, também por 1-0, apurou Espanha para a final do Mundial da África do Sul, realizado dois anos depois; e o terceiro, ainda bem fresco na memória de todos os intervenientes, foi o autêntico atropelo em novembro de 2020, na fase de grupos da Liga das Nações (6-0).
“É verdade que nos ganharam, ou melhor, humilharam nesse 6-0 de Sevilha, mas isso são águas passadas”, garantia ontem Leroy Sané, titular nessa última partida de má memória para os alemães. Amanhã, o extremo do Bayern deverá manter esse estatuto, tal como Neuer, Gundogan e Kroos, os outros remanescentes alemães desse encontro.
Joselu não poderá dizer o mesmo - o campeão europeu pelo Real Madrid ainda só fez 72 minutos neste Europeu, todos na partida com a Albânia -, mas foi ontem protagonista de uma afirmação curiosa. “Esperemos que seja o último jogo da carreira do Toni [Kroos]”, disparou sobre o médio alemão, seu colega nos merengues na última temporada e que irá pendurar as chuteiras assim que termine a participação germânica na competição jogada no seu país. “É normal que diga isso, que eles querem ganhar o torneio. Vou fazer de tudo para que não aconteça”, respondeu, por sua vez, Toni Kroos.