Declarações de Roberto Martínez, selecionador nacional, após a vitória (5-2) de Portugal diante da Dinamarca, que deu o apuramento para as meias-finais da Liga das Nações.
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Se acha que vai ter voto de confiança: "Tivemos uma festa do futebol e importante é isso. A Seleção é para estarmos orgulhoso, disfrutar dos jogadores que temos. Vimos hoje uma mistura de gerações: Bernardo Silva chegou aos 100 jogos, Quenda no banco. É um balneário muito especial e os portugueses podem estar muito orgulhosos desta equipa. O jogo em Copenhaga não correu bem, aceitámos isso, e hoje jogámos frente aos nossos adeptos, que criaram um ambiente muito especial. Estou muito satisfeito com os meus jogadores. Marcar cinco golos é sempre importante e o desempenho foi muito bom. Limpámos totalmente o desempenho que fizemos em Copenhaga"
Se Quenda não devia ter entrado: "Primeiro, dizer que o futebol moderno mudou muito. Há anos falávamos em onze inicial e, hoje em dia, é um onze inicial e que termina. E depois, jogadores que continuem a demonstrar competitividade no balneário. Que podemos ajudar esses jogadores no espaço seleção. O Quenda tem estado a trabalhar muito bem, tem crescido muito, tem um potencial incrível. Mas o que eu gosto é de jogadores que, quando entram, dão tudo o que esperamos dos jogadores na Seleção. Os valores, a luta. Não é a primeira vez que os nossos jogadores que entram fazem a diferença. Ver um Quenda a disfrutar da festa, a aprender com os jogadores com 100 internacionalizações, isso é ouro futebolístico. Sou um selecionador muito satisfeito com todos os jogadores. Tanto pelos que jogaram, como os que ficaram e pelos que estão a demonstrar as valências para o futuro".
Se jogadores que entraram vão dar dores de cabeça: "O futebol é isso, criar um ambiente competitivo e nós temos isso. São dois anos, o meu primeiro jogo foi aqui, já utilizámos 42 jogadores. Estamos a falar de um grupo aberto, com muitos jogadores diferentes. É uma amostra que o balneário é forte e trabalha muito bem. São as dores de cabeça que um selecionador gosta de ter"
Renato Veiga e Pedro Neto de fora: "Se acompanharem a nossa Seleção, é fácil de ver que o Pedro Neto jogou alguns minutos e, noutro estágio, jogos. Gerimos os jogadores, temos mais do que 23 jogadores. Mas não é fácil para o Selecionador ter 23 jogadores. É da minha responsabilidade criar um ritmo competitivo. Precisamos de gerir os jogadores. O Francisco Conceição, que vem de uma lesão, não pode jogar dois jogos em 72 horas. O Renato Veiga esteve lesionado e está apto mas apenas para um jogo"
Se acha que Portugal melhorou estes dois jogos: "Durante estes dois anos perdemos dois jogos, um deles com a Geórgia, em que já estávamos na liderança do grupo. Acho que não há muitas seleções com este registo"
Se era preciso sofrer tanto: "Sofreu? [pergunta ao jornalista]. Eu desfrutei. Porque o futebol é isto, não há jogos fáceis. Já viu os outros jogos dos quartos de final? Alguns foram a grandes penalidades. O futebol é isso. A Dinamarca fez um bom jogo, fomos superiores. Utilizámos distintas posições no terreno em relação ao adversário, ao momento de jogo e ao que o adversário mudou também. Se não gosta de sofrer, acho que não deveria acompanhar o futebol"
Abraço e conversa com Vitinha: "Partilhei notas importantes porque o Vitinha é um jogador que cresceu muito. Estamos muito orgulhosos dele na Seleção. Ver o jogo que o Bernardo Silva, ver a liderança de Rúben Dias, ver a qualidade da equipa. Foi um comentário pessoal que não posso partilhar".
Se pudesse dar uma nota qual daria: "Não é assim. Podemos apanhar os dados e estatísticas e falar de aspetos que fizemos com e sem bola. Fizemos uma exibição muito boa, em relação ao jogo na Dinamarca mudou muito, não tivemos um problema. Sofremos um golo, é um erro, acontece. No geral, tivemos a atitude de uma equipa ganhadora. O importante é ganhar, continuar e crescer".
Como é que viu o jogo depois da saída de Ronaldo: "Vi a equipa totalmente igual. O Cristiano fez um bom jogo, o Gonçalo fez um bom jogo. São jogadores com características diferentes e não vi muita diferença".