Selecionador da Argentina deu entrevista à Rádio Calviá, da localidade onde vive em Mallorca, e falou do seu futuro e do de Messi
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O pós-Mundial: ""Não penso todos os dias no que foi alcançado, de forma alguma. Pensa-se no que está para vir. O mais importante é o que está para vir, sempre. Não penso que tenha de descansar sobre os louros conquistados. Claro que é recente, apercebe-se pouco a pouco do que se conseguiu. Ficamos com a forma como o conseguimos, a euforia do povo. O resultado final foi que unimos um país e isso foi fundamental."
Estatuto de Messi: "Penso que Messi não precisava de ganhar um Campeonato do Mundo para ser um dos grandes ou o maior. É que lhe é sempre pedido mais. Agora que ele ganhou o Campeonato do Mundo, não sei o que mais lhe será pedido. Estamos muito felizes por ele e, acima de tudo, pelo país."
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Messi no Mundial de 2026: "Penso que sim, mas vai depender muito do que ele quiser. Depende do que acontece ao longo do tempo, se ele se sente bem. As portas estarão sempre abertas para ele, ele está feliz em campo e isso seria bom para nós."
O Mundial: "Sabíamos desde o primeiro momento, desde que ganhámos a Copa América, que íamos competir com todos. Não tínhamos dúvidas. E competir significa jogar em condições de igualdade. Hoje em dia o futebol é tão equilibrado que talvez por causa de um detalhe a balança incline de uma forma ou de outra, mas sabíamos que ninguém nos ia vencer facilmente. Sabíamos que íamos competir, que íamos alcançar as fases finais. Eles sabem jogar futebol, temos grandes jogadores, mas houve momentos em que a pressão era forte e desde que assumimos o controlo, acreditámos que tínhamos de aliviar essa pressão. Já vimos que há momentos chave num Campeonato do Mundo, mas não se pode estar a pensar nisso durante 24 horas."
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Recuperação da derrota com a Arábia Saudita: "Na realidade, estávamos preparados para o golpe se ele viesse em algum momento. Não tínhamos perdido durante três anos e isso podia acontecer. Aconteceu na altura certa porque fomos capazes de reagir, após o primeiro jogo tivemos de ganhar tudo para chegar à final. O que precisávamos era das pessoas, do ambiente. Sentimos o apoio de todos, dos jogadores também, e foi uma união impressionante até ao fim".
O jogo com os Países Baixos: "A verdade é que a partida contra os Países Baixos foi difícil, um trabalho muito duro. Por vezes era bem jogado e por vezes muito difícil de combater. Eles também compreenderam o jogo, mas nós jogámos o jogo que tinha de ser jogado. Sendo um qualificador semifinal, há sempre nervosismo, mas é tudo o que há. Disse-o depois na conferência de imprensa, é uma anedota".
A sua carreira como treinador: "Desde que decidi ser treinador, em 2011.... Quando comecei o curso de treinador ainda era um jogador da Lazio e sabia que gostava dele e que tinha de ser o meu trabalho. Quando já não se pode jogar em campo, a primeira coisa que se quer fazer é permanecer envolvido no futebol, e que melhor do que ser treinador? Hoje estou feliz onde estou e veremos o que acontece no futuro, mas, logicamente, as portas estão sempre abertas ao treino."
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