Criador do "Football Leaks" é acusado de ter acedido de forma ilegal às caixas de correio eletrónico do diretor financeiro, diretor-adjunto e de um assistente da direção-geral do clube francês
Corpo do artigo
Rui Pinto, criador do “Football Leaks” vai ser julgado em Paris na quarta-feira por ter acedido ilegalmente a documentos e informações privadas do PSG, que se encontravam em mensagens de correio eletrónico de dirigentes do clube.
De acordo com a agência de notícias AFP, o "hacker” português vai ser julgado numa audiência preliminar de confissão de culpa (CRPC), estando acusado de, entre 2015 e 2019, ter acedido ilegalmente às caixas de correio eletrónico do diretor financeiro, diretor-adjunto e de um assistente da direção-geral do PSG, para além de ter descarregado dados de forma fraudulenta.
“Ninguém pode negar que Rui Pinto é um delator excecional. Ele permitiu a revelação de factos gravemente contrários ao interesse público e a abertura de inquéritos em vários países europeus. Esta contribuição foi reconhecida, incluinda pela justiça portuguesa, apesar de continuar a ser perseguido por bandidos do futebol”, afirmou o seu advogado, William Bourdon.
As fugas de informação realizadas por Rui Pinto em relação ao PSG levaram à abertura de um inquérito preliminar contra o clube francês, que foi acusado de ter incluído critérios étnicos nos seus formulários de avaliação de jovens jogadores, entre 2013 e 2018.
A investigação foi encerrada em agosto do ano passado por “falta de uma infração suficientemente grave”, mas uma queixa civil, apresentada em fevereiro, ameaça relançá-la.