"Rúben Amorim não acredita nestes jogadores. Talvez se venha a arrepender..."
Antigos jogadores da Premier League reagem ao facto de o treinador português ter dito, após a derrota com o Brighton, que esta talvez seja "a pior equipa da história do Manchester United"
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Chris Sutton e Phil Jagielka, antigos jogadores da Premier League, reagiram esta terça-feira ao facto de Rúben Amorim ter afirmado, após a derrota de domingo frente ao Brighton (1-3), que esta talvez seja “a pior equipa da história do Manchester United”.
Em declarações à BBC, Sutton, antigo avançado do Blackburn Rovers e Norwich, salientou o facto de o treinador português ter vincado que não vai alterar a sua ideia de jogo e sistema tático apesar dos maus resultados, considerando que essa frase em questão foi uma “mensagem de último recurso” na direção do plantel dos red devils.
"Rúben Amorim disse que não ia mudar, mas mudou, porque na sua primeira conferência de imprensa, ele disse: ‘Eu acredito verdadeiramente nos jogadores’ e agora, num espaço de 70 dias, diz que eles são a pior equipa da história do United. Ele não acredita neste grupo de jogadores. Penso que foi uma mensagem para todos. Normalmente quando os treinadores falam de uma forma assim tão forte, é o último recurso. Talvez ele se venha a arrepender do que disse. Tens de tentar manter os jogadores do teu lado”, comentou.
Já o antigo central do Everton e Sheffield United suspeitou que a crítica de Amorim foi uma forma de transmitir aos jogadores que, se não se adaptarem à sua forma de jogar, não terão um futuro em Old Trafford.
“Amorim jogou com cerca de 70 jogadores diferentes desde que chegou, toda a gente teve uma oportunidade. Ele está basicamente a dizer: ‘Não posso fazer maravilhas até que me deem os jogadores que quero’, porque já disse publicamente que não vai mudar para uma defesa a quatro. Ele não mudar para aquilo que o plantel, se calhar, precisa até ao final da época. Penso que o United ficaria mais seguro a jogar com uma defesa a quatro, mas ele não o irá fazer. Ele vai usar [o que resta desta temporada] como um treino de seis meses e quem for atrás dele, ficará na próxima época, se ele continuar por lá. De momento, se virem os titulares, há provavelmente sete deles que não se sentem confortáveis nas posições onde estão a jogar”, apontou.