Rúben Amorim: "Ir a um pub como Vítor Pereira? Não tenho o mesmo direito"
Declarações de Rúben Amorim, treinador do Manchester United, em entrevista à DAZN Portugal, publicada na íntegra esta quinta-feira
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Goleada frente ao Newcastle foi um retrocesso no seu processo? “Acho que não, porque temos de olhar o jogo em todas as caraterísticas que teve. O tipo de golos que sofremos... Até ao primeiro estávamos a controlar bem e depois na segunda parte, o tipo de golos... fomos nós que errámos. Temos de ter isso na cabeça na nossa avaliação e pensar que há certos jogos em que as coisas correm mal, mas estamos a melhorar como equipa”.
Erro individuais preocupam menos do que os coletivos: “Sem dúvida, escorregadelas ou cortes que vão parar ao adversário são coisas que podemos evitar. Agora erros a fazer a linha, como defender em cada momento... isso é a parte mais difícil e o que preocupa mais o treinador”.
O que está a faltar: “Muita coisa, obviamente que precisamos de mais trabalho e não há como fugir à ideia de que há certas características de que precisamos para jogarmos como queremos. Há uma certa adaptação que é preciso fazer e às vezes essas caraterísticas fazem falta. O Amad (Diallo) era o nosso jogador que criava mais perigo no um para um e faz falta tudo, precisamos de certas caraterísticas para que tudo pareça melhor”.
Adaptação a Inglaterra: “Isto com os media, eu nunca tinha dado uma entrevista e, sendo algo obrigatório, explicar vezes sem conta o que estamos a fazer quando muita gente está farta de nos ouvir, porque estamos a perder jogos... isso é algo que não sabia fazer e acho que aprendi”.
Vencer a Liga Europa dá acesso à próxima Champions, o United está preparado para isso? “Difícil, isso é uma boa questão... O que será melhor a longo prazo não se sabe, mas temos uma responsabilidade tão grande que temos de tentar ir à Champions. Estamos no começo de algo tão cru que imaginar semanas limpa, com um plantel tão curto, pelo momento financeiro que vivemos... Também há esse lado e podemos pensar positivo das duas formas”.
Já pensou ir a um pub com adeptos, como tem feito Vítor Pereira? “Não posso fazer isso porque não tenho o mesmo direito, Vítor Pereira está a fazer um trabalho excecional e teve impacto na equipa. Eu não bebo e teria de ir a muitos, para estar com todos os adeptos teria de fazer um tour todos os dias a cada mês”.