Rúben Amorim fala de Casemiro e revela "regra" que seguirá como treinador

Falta de minutos de Casemiro. Caraterísticas não encaixam na sua ideia de jogo? “Às vezes é muito isso, também o momento do jogador. O Casemiro hoje em dia tem outras coisas, a inteligência e o perceber onde a bola vai cair, mas estamos numa liga em que eu percebo, até mesmo nas competições europeias, que a diferença de intensidade é grande e esta equipa precisa de jogadores com uma intensidade muito alta. É essa diferença de caraterísticas que pode levar um jogador a jogar e outro não. Até o facto de o grupo ter uma certa caraterística como grupo faz com que eu precise de jogadores com um certo andamento em certas posições. Mas todos sabemos a qualidade de Casemiro e de tudo o que ganhou, nisso não tenho nada a apontar, é só mesmo uma escolha”. 

Com tanta rotação, já vê a sua identidade na equipa? “Ainda agora estava a rever o jogo com o Fulham e o posicionamento está lá, mas falta-lhes a rotina. Eles tentam fazer, mas faltando a rotina falta a agressividade, principalmente com bola. Sem bola é mais fácil, mas com bola tem a ver com o entendimento do espaço e, com rotinas, conseguimos perceber o jogo. Sem treino, isso é impossível e diria que eles estão a tentar fazer os posicionamentos que nós queremos, para termos mais bola, mas a falta de rotinas nota-se muito na criação de oportunidades. Quando há rotina, os jogos são mais fáceis, há resposta para tudo, sem treino é mais difícil. Não consigo passar tudo em cinco minutos quando há mudanças antes dos jogos e, quando há treino, isso não é preciso”. 

Redes sociais: “Não tenho e não consumo, porque desde que comecei a minha carreira de treinador tomei essa decisão. Não me considero mais forte do que os outros, considero-me mais fraco, porque se ler tudo... Podemos dizer que não ligamos aos que outros dizem, mas é mentira, só não liga quem não sabe. Por isso, foi uma regra que pus quando comecei a treinar e que vou seguir para sempre”.