Rotações no máximo para manter perfeição: Portugal tenta sequência inédita de vitórias
Selado o apuramento, Portugal procura agora o primeiro lugar do grupo e uma sequência inédita de vitórias: oito. Seleção Nacional desloca-se à Bósnia, país reconhecido pelo fervor com que apoia, mas contra o qual tem sido feliz. Oitavo triunfo consecutivo é a próxima meta num percurso imaculado.
Corpo do artigo
Alcançado o apuramento para um Europeu mais rápido de sempre, com sete vitórias em igual número de desafios, Portugal tem outros desafios para tentar superar e começa já esta segunda-feira (19h45) na Bósnia e Herzegovina. Um reduto reconhecido pelo ambiente fervoroso, daqueles que os jogadores dizem adorar defrontar e uma seleção contra a qual o histórico é bastante favorável, coisa que os treinadores dizem de nada valer. Numa altura em que a Seleção Nacional parecia atraída por qualificações à justa e várias vezes com recurso à calculadora, foi preciso ultrapassar a Bósnia num play-off para carimbar o bilhete para o Mundial de 2010 - daí surgiu o famoso “Chuta, Meireles”, à boleia de um grande remate do antigo médio - e outro para o Europeu de 2012.
Memórias distantes no tempo e das sensações atuais, porque Portugal tem desafios diferentes em mãos, como já dissemos, mais próprios de quem tem a vida resolvida e continua a olhar para cima. Desde logo, a equipa de Roberto Martínez sela dois registos em caso de vitória hoje: o primeiro lugar do Grupo J (para isto o empate também servirá) e a mais longa série de triunfos em partidas oficiais. Na sexta-feira, no Dragão, contra a Eslováquia, a Seleção atingiu o sétimo triunfo consecutivo, registo que começou na estreia de Martínez, em março, e igualou a corrida de Fernando Santos na caminhada para o memorável Euro’2016. Já se falarmos de séries invencíveis, o recorde ainda está longe, com 19 jogos em 2010, mas claro que a perseguição a essa marca também passa hoje por Zenica.
Em causa também estão outros registos que Portugal vai tentar segurar até ao fim da fase de apuramento, ou seja nos próximos três jogos, frente a Bósnia, Liechtenstein e Islândia, estes dois últimos a realizar em meados de novembro e, aí sim, a conferir alguma margem ao selecionador para experimentar em campo novas soluções, talvez até a convidar a rostos novos na equipa das Quinas.
A Seleção Nacional divide com a França o estatuto 100% vitorioso, embora o grupo dos gauleses tenha menos uma equipa, mas está sozinho na liderança do melhor ataque (27 golos), marca que não quebra mesmo se ajustarmos às médias por jogo, uma vez que só três grupos têm seis concorrentes. Até ao último encontro, de resto, a Portugal não sabia o que era sofrer golos (foram dois) e só os vice-campeões mundiais foram batidos menos vezes (um golo).
Esta noite, na Bósnia, há mais um jogo para ganhar e história para continuar a ser escrita por uma equipa sempre de altas rotações, em busca de um trajeto perfeito.