Declarações de Roberto Martínez, selecionador de Portugal, em entrevista ao programa "Alta Definição", da SIC
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Encontrou algo diferente do que esperava na Seleção Nacional? “Eu gosto de ter uma mente livre. Quando cheguei foi uma sensação muito boa e tento experimentar todos os dias para melhorar. As expetativas são muito difíceis, podem ser altas ou baixas e dar limites. Eu era uma criança curiosa, que gostava de experimentar e querer experimentar... Não tenho expetativas, experimento cada dia”.
Já gosta de cozido? “Sou fã, foi fácil. Gosto muito da cozinha portuguesa, é semelhante à cozinha ibérica, mas tem ingredientes muito bons”.
Futebol é paixão desde infância: “É uma forma de viver, mas eu vim de uma família futebolística, não foi uma escolha. Tenho muitas memórias do meu pai e são todas de futebol. Com oito anos, queria jogar futebol e queria ter uma loja de sapatos. A minha mãe tinha uma loja e é normal que para uma pessoa que admira os seus pais jogue futebol e também queira ter uma loja, fiz 50%”.
O que aprendeu com o pai? “A dar tudo, ser o melhor todos os dias e que os valores como pessoa são inegociáveis. O meu pai deu-me confiança e o poder acreditar que podia fazer o que sonhava. O ponto que gostaria de transmitir às minha filhas é que podem acreditar e fazer tudo o que quiserem na sua vida, mas com valores importantes”.
O que foi mais difícil na adaptação a Portugal: “Esperar pela família, porque precisava de conhecer os jogadores e viajar muito, mas para me sentir em casa é com a família. A missão é sempre futebol e de janeiro a abril a minha família estava fora e agora estamos completos. Ser pai mudou a minha vida totalmente, a prioridade mudou. O objetivo final sempre foi ganhar, mas quando Luella [filha mais velha] nasceu, era que pudesse ser feliz. Se pudermos ganhar, melhor, mas ela ser feliz é a prioridade”.