Rafinha vai para a Grécia com processo a decorrer pela partilha de bens com a ex-mulher
No processo, a que a imprensa brasileira teve acesso, Carolina refere que está a tentar esclarecer a situação com o ex-marido desde o ano passado, altura em que o jogador foi transferido para o Flamengo
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Rafinha, que deixou o Flamengo, está prestes a viajar para a Grécia, onde vai representar o Olympiakos, de Pedro Martins, mas leva consigo um assunto pessoal para resolver.
O lateral brasileiro recebeu, na semana passada, uma intimação para que informe a justiça de quais são os bens que tem registados em seu nome e dos familiares. Esta intimação é consequência de um processo movido pela ex-mulher e mãe de suas duas filhas, de 11 e 7 anos, Carolina Ferrari Santana, com quem Rafinha foi casado durante nove anos.
No processo, a que a imprensa brasileira teve acesso, Carolina refere que está a tentar esclarecer a situação com o ex-marido desde o ano passado, altura em que o jogador foi transferido para o Flamengo.
A insatisfação de Carolina acontece por dois motivos, segundo pode ler-se no processo. Um deles tem a ver com o fato de o jogador ter reduzido o valor da pensão alimentar que paga desde a separação (em 2017).
"Após a separação do casal o requerido continuou a prestar auxílio financeiro às filhas e à companheira. Contudo, gradualmente e sem justificação, passou a "cortar" os valores dados à família", sustenta a defesa de Carolina.
O segundo motivo passa pelo fato de Rafinha não ter feito a devida partilha de bens com a ex-mulher. Carolina, que é formada em direito, afirma no processo que o ex-marido transferiu bens para mãe e irmão com o objetivo de "defraudar a partilha".
"Além disso, após consultas informais em agências imobiliárias locais, soube-se que o requerido tem por hábito fazer a compra de imóveis sem o devido registo público posterior, ou seja, ele mantém as aquisições apenas em instrumentos particulares. O que foi percebido pela autora aquando da procura das matrículas de imóveis que haviam sido adquiridos pelo ex-companheiro", refere ainda a defesa da ex-mulher.
A ex-mulher acusa ainda o jogador de manter investimentos aplicados na Europa, por "razões fiscais" e para "desviar" o montante da partilha.
"Sabe-se que por razões fiscais, uma significativa parcela dos valores auferidos por Rafinha nos clubes europeus está aplicada em investimentos na Alemanha, local em que também se situa grande parte do patrimônio comum já que o requerido residiu naquele país por 12 anos e é impossível que tenha gastado a totalidade dos valores supracitados, recebidos ao longo da união estável", diz a autora da ação, referindo-se ao período em que Rafinho atuou pelo Bayern de Munique.
a defesa de Carolina pede que Rafinha seja ouvido para que informe a totalidade de seus bens e rendimentos no período de oito anos em que o casal, segundo a ex-mulher, manteve uma união estável. Rafinha tem 15 dias para ser ouvido, o que pode acontecer através do advogado.
Além do pedido para que o jogador seja ouvido, os advogados de Carolina pedem ainda que o Flamengo, o Bayern de Munique e a Nike informem quanto depositaram ao atleta durante a vigência dos seus contratos.
Entretanto a assessoria do jogador enviou um comunciado em que se manifesta em relação a esta situação.
"O atleta Rafinha reforça que não se vai pronunciar através da imprensa a respeito das alegações divulgadas por envolverem diretamente as filhas, menores de idade, e, assim, preservar a imagem das mesmas. Está separado desde 2015 da sua ex-namorada, mãe das filhas, com a qual morou em Munique durante 3 anos, sem qualquer relação matrimonial.
Repudia as declarações da advogada do caso, uma vez que o processo corre em segredo de justiça e as pensões foram determinadas pelo Poder Judiciário do Paraná, o que vem sendo cumprido rigorosamente pelo atleta. Em relação à declaração de bens, foi entregue à 2ª Vara de Família de Santa Felicidade, em Curitiba, no prazo estipulado pela Juíza da ação.
O atleta lamenta que, após mais de um ano do regresso ao Brasil para defender o Flamengo, a parte que reclama resolva expor as filhas na comunicação social, sem necessidade, e acredita no Poder Judiciário para resolver a questão".