"Quem me conhece sabe que tinha o hábito de chegar, tomar banho e andar nu no balneário..."
Fredy lembra o aviso que recebeu por velho hábito, que provocou choque cultural
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Não faltam imagens memoráveis ou histórias adoráveis do que tem sido a saga de Fredy, internacional angolano com passado no futebol português, na Turquia.
“Há uma engraçada! Quem me conhece sabe que eu tinha o hábito de chegar ao estádio em dia de jogo e ir tomar banho e andar nu no balneário. No primeiro jogo fiz isso e o meu diretor alertou que não o podia fazer pela questão cultural, mas também porque alguns colegas se iam lavar e rezar. Ao verem-me nu tinham de repetir o processo”, recorda, entre inevitáveis gracejos pelas ondas de choque geradas.
“Outra vem de um colega, um defesa, que não usava pitões de alumínio por nada. Fomos jogar fora com chuva miudinha e o treinador avisou para se levar no mínimo algo misto. Ele, com material de borracha, escorregou no golo do rival e o treinador pede-lhe ao intervalo para lhe mostrar o que tinha calçado. Ele vira-se ‘são de borracha mas são novas, que o piton ainda está alto’”, conta Fredy, mantendo o anonimato de quem passou por severa reprimenda.
Já sobre os ambientes na Turquia, reconhecidamente hostis, Fredy destaca um que foge da lógica dos mais poderosos. “A adrenalina é maior nesses estádios, dos grandes, mas onde sinto mais arrepios e os adeptos são mais fervorosos é, sem dúvida, em Goztepe. Abolutamente incrível!”, afirma o avançado angolano, com um sonho na cabeça. “Tenho dois anos de contrato e quero cá ficar. Mas depois o objetivo é regressar ao Belenenses, o clube que acompanho e pelo qual muito torço. É o clube do coração, onde cresci, tenho uma paixão enorme pelo Belenenses e o meu estádio do Restelo”, vinca.