Ada Hegerberg acabara de se tornar a primeira mulher a receber um dos prémios mais prestigiados da modalidade e o que lhe perguntaram foi se sabia dançar twerk.
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Uma onda de indignação gerou-se, esta segunda-feira, nas redes sociais, na sequência de um comentário sexista do DJ Martin Solveig dirigido a Ada Hegerberg, durante a cerimónia da Bola de Ouro, em Paris. À 63ª edição do prémio atribuído pela revista France Football, a vertente feminina da modalidade foi reconhecida e a norueguesa, 23 anos, acabara de se tornar a primeira mulher a ser distinguida. Para celebrar, o animador perguntou-lhe se sabia twerk, uma dança baseada em movimentos dos quadris a imitar o acto sexual. A resposta da campeã do Lyon foi um cortante "nã0", e fez menção de abandonar o palco. Acabaria, contudo, por dançar com Ginola, o apresentador, uma canção de Frank Sinatra, enquanto nas redes sociais se espalhava a indignação.
Uma das figuras do desporto que tornou pública a revolta pelo episódio foi o tenista Andy Murray. "Que perguntas fizeram a Mbappé e a Modric?", questionou o inglês: "Imagino que algo relacionado com futebol. E para todos os que pensam que estou a exagerar e foi apenas uma piada... não foi. Toda a minha vida estive envolvido no desporto e o sexismo é irreal", escreveu no Instagram.
Não demorou muito para Martin Solveig surgir nas redes sociais a pedir desculpa pela piada "fraca", tal como já fizera com a atleta: "Expliquei-lhe, pedi desculpa e ela disse que percebeu que era uma piada".