A FIFA propôs várias medidas à CAF, mas na prática deve impô-las mesmo
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O presidente da FIFA disse esta segundas-feira, em Budapeste - capital da Hungria - que a sua missão é fazer do futebol "um desporto global, daí ter proposto à Confederação Africana de Futebol três medidas:
- profissionalizar 20 árbitros e a FIFA toma conta deles, em formação e pagamento;
- investir em infra-estruturas;
- criar uma Super Liga de clubes que "teria 200 milhões de euros de receitas" e que permitiria a muitos clubes terem continuidade na competição e desenvolverem-se.
"Há um 'gap" cada vez maior - a Europa tinha seis dos oito últimos países em prova no Mundial da Rússia - e a FIFA tem que responder a isso. A África é o continente que exporta mais jogadores e temos que fazer alguma coisa", disse Gianni Infantino.
A FIFA propôs estas medidas à CAF, mas na prática deve impô-las mesmo, porque desde junho tomou a decisão de co-administrar a CAF após notícias de corrupção que envolveram o presidente da organização, Ahmad Ahmad, que já tinha conquistado o lugar com o apoio de Infantino.
O presidente da FIFA falou no Hotel Corinthia da capital húngara, numa sessão denominada "AIPS encontra-se com Infantino" antes do 83º Congresso da AIPS (Associação Internacional da Imprensa Desportiva) - em Portugal é representada pelo CNID - que terá esta terça-feira o início oficial.
Infantino falou ainda dos "mil milhões de euros" que a FIFA decidiu investir no futebol feminino nos próximos anos. "Tenho quatro filhas, lá em casa é 5-1, é uma pressão muito grande", brincou o presidente da FIFA.