Premier League arranca esta sexta-feira com City e Liverpool numa galáxia distante em relação aos mais diretos concorrentes ao título.
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O dérbi londrino desta sexta-feira entre o Crystal Palace e o Arsenal de Cédric e Fábio Vieira vai servir de pontapé de saída à edição 2022/2023 da Premier League que, à semelhança das três temporadas anteriores, promete ter dois grandes protagonistas na luta pelo título: Manchester City e Liverpool.
O atual campeão e o principal rival, que evitou o tri da equipa de Pep Guardiola com a vitória em 2019/20, entram no quarto round de uma luta cada vez mais a solo pelo domínio dos relvados ingleses.
Bem antes da campainha soar para o início das hostilidades, o City reforçou-se com Haaland e Álvarez, enquanto os reds apostaram as suas fichas em Darwin, contratado ao Benfica por 75 M€, e no internacional sub-21 português Fábio Carvalho, que se vai estrear esta época entre a elite. Os supracitados prometem dar ainda mais poder de fogo a duas equipas que continuam a viver os longos e frutuosos reinados de Pep Guardiola e Jurgen Klopp.
A começar uma nova era, sob o comando de Erik ten Hag, o Manchester United não tem essa vantagem e entra na prova repleto de interrogações à boleia da crise interna motivada pelas dúvidas que ainda pairam em Old Trafford sobre a permanência de Cristiano Ronaldo. Eriksen, Malacia e Lisandro Martínez são as novas armas à disposição do treinador neerlandês, mas ainda faltam armas de outro calibre para acompanhar os grandes rivais e a "renascença" londrina. Fruto de sonantes movimentações no mercado, com Richarlison e Gabriel Jesus à cabeça, Tottenham e Arsenal aproximaram-se do comboio dos favoritos, enquanto o Chelsea procura cimentar o estatuto de terceira força e principal ameaça a Manchester City e Liverpool. No primeiro ano sem Roman Abramovich desde 2003, o sucessor Todd Boehly demorou a arrancar antes de garantir as contratações de Sterling e Koulibaly, dupla à qual ainda quer juntar Cucurella (lateral-esquerdo do Brighton) e Frenkie de Jong, médio do Barcelona que recusou assinar pelo Manchester United.
Bruno Lage e Marco Silva procuram a tranquilidade
No dia do arranque da Premier League 2022/2023, a representação portuguesa dentro das quatro linhas cifra-se em 25 jogadores (ver quadro ao lado) e em dois treinadores que têm como grande objetivo uma temporada sem sobressaltos. A entrar para o segundo ano no comando do Wolverhampton, Bruno Lage manteve, para já, a base que lhe permitiu alcançar o 10.º lugar na época passada, mas vive em sobressalto com a perspetiva de Rúben Neves, um dos seus baluartes, mudar de ares até ao encerramento da janela de transferências.
Vindo do título do Championship, Marco Silva está de volta à Premier League após as experiências no Hull, Watford e Everton e terá a missão de terminar com a fama de "elevador " do Fulham: nas últimas duas vezes em que subiu ao primeiro escalão não conseguiu assegurar a permanência.