Os destaques de mais uma edição da Ligue 1: o monstro fala um português fluente
Renato Sanches e Vitinha juntaram-se a Danilo e Nuno Mendes num PSG sem rival à altura e com a cabeça na Europa.
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O duelo de ontem, sexta-feira, entre o Lyon e o promovido Ajaccio serviu de pontapé de saída à edição 2022/2023 da Ligue 1, mas todas as atenções estão viradas para a estreia dos galáticos do Paris Saint-Germain, marcada para hoje na casa do Clermont.
Campeão na temporada passada com 15 pontos de avanço sobre o Marselha, o conjunto da capital francesa arranca para a nova temporada numa liga à parte dos principais rivais e a sua superioridade já ficou bem evidenciada na goleada de 4-0 sobre o Nantes, na Supertaça.
Este ano, o monstro do futebol gaulês tem um sotaque português ainda mais acentuado. Reforços com o crivo de Luís Campos, o novo consultor do futebol profissional do PSG, Vitinha (FC Porto) e Renato Sanches (Lille) juntaram-se a Danilo e Nuno Mendes (adquirido em definitivo ao Sporting) num plantel que, apesar das novelas de verão, segue encabeçado pelo trio formado por Mbappé, Messi e Neymar e que é avaliado pelo portal Transfermarkt em 943 M€: o que mais se aproxima é do Mónaco com 336 M€. A nova era do Parque dos Príncipes ficou completa com a chegada de Christophe Galtier, recrutado ao Nice, para o lugar de Mauricio Pochettino, com o novo treinador a apostar num 3x4x1x2 que volta hoje a entrar em ação: Vitinha e Nuno Mendes são apontados a um onze onde Sarabia vai render o lesionado Mbappé.
A disparidade das forças entre PSG e o resto do pelotão é o fator marcante do campeonato, mas um grupo de rebeldes sonha aproveitar-se de uma eventual distração dos favoritos na Champions - a sua grande obsessão - para contrariar um guião que parece escrito à partida. Respondendo à polémica saída de Jorge Sampaoli, o Marselha reforçou-se com Mbemba, Nuno Tavares e Veretout, enquanto o Lyon repatriou as crias da formação Lacazette e Tolisso para recuperar de um "envergonhado" nono lugar de 2021/2022. Terceiro classificado da última edição, o Mónaco de Gelson Martins conseguiu, para já, manter a base competitiva que lhe deu o estatuto de revelação da época passada.
Paulo Fonseca navega num mar de dúvidas
Interrompendo um hiato sem treinar que durava há um ano, Paulo Fonseca aceitou o repto de comandar um Lille em pleno processo de renovação. Após o título de 2020/2021, os dogues não foram além do 10.º lugar e perderam os titulares Renato Sanches, Xeka, Botman, Celik e Burak Yilmaz. Cabella, Martin, Alexsandro, Ismaily e Bayo foram contratados para o assalto aos lugares de topo, cabendo a Fonseca afastar as dúvidas que pairam sobre a competitividade de uma equipa que continua com José Fonte como farol.