Na reta final da Premier, o Arsenal de Arteta quer quebrar jejum de 20 anos do clube; já o City de Guardiola tenta inédito “tetra”
Corpo do artigo
Das principais ligas do Velho Continente, a inglesa é a única ainda sem campeão conhecido e não será também na 37.ª e penúltima jornada que o mesmo será encontrado. Isto pelo facto de o Manchester City, segundo a um ponto do líder Arsenal, ter um jogo em atraso. Mas é provável que a lista de três candidatos fique reduzida a dois antes mesmo de o Liverpool entrar em campo na segunda-feira. O emblema orientado por Klopp encontra-se a cinco pontos dos gunners e a quatro dos citizens, razão pela qual basta que uma destas equipas triunfe para se tornar inalcançável para os reds.
Antes de a jornada iniciar-se, o Liverpool ainda está na corrida pelo título mas quando jogar, segunda-feira, é provável que já não esteja. Gunners lideram, mas citizens, com jogo a menos, só dependem de si.
A luta entre o Arsenal de Mikel Arteta e o Manchester City de Pep Guardiola é também um duelo entre dois treinadores espanhóis que trabalharam juntos durante três épocas e meia, quando o agora líder dos londrinos era adjunto nos sky blues. Certo é que só os citizens dependem exclusivamente dos seus resultados. E mesmo tendo falhado o objetivo de renovar o título europeu, o que na sexta-feira Guardiola lamentou, o Manchester City pode ainda assim repetir a dobradinha (joga a final da Taça frente ao vizinho United) e obter um feito histórico no futebol inglês: tornar-se o primeiro clube tetracampeão, isolando-se ainda no quarto lugar dos mais titulados, com dez e à frente do Everton, e no mais vencedor do século XXI - está a par do... United com sete títulos.
Quanto ao Arsenal, em busca do 14.º troféu de campeão, procura também colocar um ponto final no mais longo jejum da sua história desde que ganhou a prova pela primeira vez em 1931. Se Arteta tiver sucesso, será campeão 20 anos depois do título conquistado pelos “invencíveis” de Arsène Wenger.
Nesta corrida final, o City é o primeiro a entrar em campo, este sábado, no terreno do Fulham de Marco Silva, treinador que mereceu rasgados elogios de Guardiola. “A sua defesa é mesmo muito boa e admiro-o imenso. Ele teve alguns problemas no Everton, mas no Fulham o seu impacto está lá”, comentou o espanhol, sabendo que a margem de erro pode ser zero, dado que o Arsenal, na diferença de golos, leva para já vantagem. O City terá dois jogos seguidos em Londres, acerta o calendário com o Tottenham dia 14, e fecha a liga em casa com outro londrino, o West Ham.
Já o Arsenal, depois de ir no domingo a Manchester defrontar um United em risco de ficar fora das competições europeias, fecha o campeonato no Emirates ante o Everton.
Nuno Espírito Santo ainda não está a salvo
Na parte inferior da classificação as contas também não estão fechadas na Premier League, sendo apenas certa a descida do Sheffield United.
Comandado por Nuno Espírito Santo, o Nottingham Forest está com três pontos de vantagem para Luton e Burnley, os dois clubes que estão abaixo da linha de água. Mas, com seis pontos em disputa, está tudo em aberto e na última jornada a equipa do técnico luso vai a casa do Burnley.
Este sábado recebe o Chelsea, em clara subida de forma, enquanto o Burnley vai ao terreno do Tottenham e o Luton ao do West Ham.