Extremo belga perdeu protagonismo nos últimos jogos e a razão, segundo o treinador do Manchester City, é ter mudado o seu sistema de jogo
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Pep Guardiola assumiu esta segunda-feira que tem sido “muito injusto” com Jérémy Doku, depois de o extremo belga ter jogado apenas 15 minutos nos últimos dois jogos do Manchester City, tendo ajudado ainda assim os “citizens” a vencerem o Everton por 2-0 no fim de semana.
Em antevisão à receção que fará ao Aston Villa (terça-feira, às 20h00), na 34.ª ronda da Premier League, o técnico do City explicou que a razão para essa perda de protagonismo foi o facto de ter mudado o seu sistema de jogo e não a exibição desinspirada de Doku diante do Manchester United (0-0), de Rúben Amorim.
“Esta época, tenho sido muito injusto com ele nos últimos jogos, porque lembro-me do jogo contra o Tottenham (vitória por 1-0) ou contra o Brighton (empate 2-2), por exemplo. Sem ele, (esses resultados) não terem sido possíveis. Mas ultimamente não atacamos com extremos, pomos os laterais mais colados ao flanco e mais jogadores no meio, como contra o Bournemouth. Lamento por ele e pelo resto dos extremos. Contra o Everton, fez muito, esteve muito melhor do que em Old Trafford, aí não esteve bem. Perto da baliza adversária, é imparável. É um jogador incrível e estou encantado de que tenha jogado muito bem contra o Everton”, elogiou.
Refira-se que o extremo de 22 anos, na sua segunda época no Etihad, soma seis golos e sete assistências em 31 jogos, tendo sido contratado ao Rennes em 2023 por 60 milhões de euros.
Guardiola enalteceu ainda a qualidade do Aston Villa, que vem de uma goleada ao Newcaste (4-1) e, tal como o tetracampeão inglês, pretende regressar à Liga dos Campeões na próxima época, sendo neste momento sétimo classificado, a um ponto do City (58), que é quarto.
“Todos os jogos até agora são finais, mas o Aston Villa é um rival direto pelos lugares de Champions. Ainda mais depois de ter visto o jogo que fizeram contra a equipa do meu amigo Luis Enrique, o PSG. Impressionaram-me muito e podem jogar fora de casa, mas quando decidem atacar, têm velocidade, são bons nas jogadas de bola parada e são incrivelmente organizados. Será uma final e precisaremos da nossa gente para que joguemos na Liga dos Campeões na próxima época. Têm de nos ajudar desde o primeiro minuto, às vezes custa-nos um pouco ou não estamos acertados, é aí que precisamos deles desesperadamente. Que façam barulho e que estejam aí, porque será uma final”, apelou, numa mensagem aos adeptos do clube.