José Peseiro não esquecerá o primeiro treino ao comando do Al-Ahly.
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José Peseiro estreia-se esta quinta-feira no comando técnico do Al-Ahly, colosso egípcio que procura recuperar o título nacional, perdido no último ano para o Zamalek de Jesualdo Ferreira. "Dada a história do clube, o objetivo é ser campeão e disputar todos os títulos, Champions incluída. Ter sucesso neste clube significa ganhar", disse a O JOGO José Peseiro.
Apesar de ter orientado o primeiro treino apenas no domingo, o técnico português assume que tem ao seu lado "os melhores jogadores" e está disposto a retribuir o carinho manifestado pelos adeptos que encheram o estádio para observar o apronto do Al-Ahly. "Já sabia da dimensão e história do clube, também pelo passado com o Manuel José, mas o que vivi foi impensável e maravilhoso; foi o treino mais marcante da minha carreira, com 20 a 25 mil pessoas que horas antes já faziam fila para entrar. Foi um ambiente de loucura e uma festa que complicou o treino, porque, com todo o barulho, não foi fácil dar instruções aos jogadores", explicou o técnico, que teve direito a uma tarja de boas-vindas em português. "É muito bom para o ego, mas um pouco estranho. Até cantaram o meu nome, soletrando-o em bom português. Estou num clube com uma projeção mundial tremenda e que representa muito para este país. Leva um país às costas."
Depois de uma apresentação cuja atenção mediática diz ter sido equiparável à que viveu quando chegou ao Real Madrid, como adjunto de Carlos Queiroz, Peseiro sabe que está num país em que um mau resultado pode mudar um início em jeito de lua de mel. "Há que perceber este contexto em que as pessoas se tornam mais importantes do que são. Se não ganhar, vão começar a gritar para me ir embora", reconheceu com naturalidade.