Declarações de Rui Borges após o Sporting-Moreirense (3-0) na 6.ª jornada da I Liga
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Como consegue estar tranquilo num jogo em que até ao minuto 70 o Sporting não chegou à vitória, apesar das oportunidades que criou? "Tento estar tranquilo ao máximo para passar isso para dentro de campo. Foi um jogo em que até aos 70' fomos dominantes e na primeira parte, dominamos tudo. Tivemos boas reações à perda, criamos oportunidades claras de golo. A percentagem de golos esperados era de 4.66 e nem me lembro de ver uma percentagem assim tão grande. Criámos oportunidades contra uma equipa bem organizada, com bloco baixo, é difícil de contrariar. A primeira parte foi fortíssima, na segunda não entramos tão bem e causou-nos alguma intranquilidade nos primeiros dez, 15 minutos. As substituições do Maxi e Morita trouxeram clareza e equilíbrio até que os golos surgiram com naturalidade. Não podia estar mais feliz por tudo o que a equipa foi capaz de fazer."
Ioannidis estreou-se a marcar ao fim de três jogos. O que achou do jogo do grego? E, já agora, o Sporting deveria ter marcado mais? "Sim. Merecíamos muitos mais. Merecemos sair a ganhar. A equipa fez um belíssimo jogo e, em relação ao jogador, entrou muito bem. Está numa fase de perceber as dinâmicas para ser tornar ainda melhor e se encaixar melhor na equipa. A ver do que nos é capaz de dar e do que vai dar. Tenho dois grandes avançados que me vão dar dores de cabeça, e isso é bom."
O jogo é desbloqueado por um penálti. Podia ter resolvido o jogo de outra forma? "Poder podia, mas não estamos a jogar Playstation. Como já disse, a percentagem de golos esperados foi de 4.66 e não me lembro de ter acontecido antes. Fomos capazes de criar. Sobre a finalização, eles vão falhar e é normal, faz parte. É melhorar. Nem sempre vamos conseguir marcar rapidamente e marcar por 3-0. Se, aos 7', me dissessem que ia ganhar por 1-0, assinava. Queria era marcar e senti-los felizes a jogar. Por toda a intensidade na fase inicial, poderíamos até ter caído fisicamente, mas não aconteceu. A equipa está ligada, senti-a com vontade de fazer golos, é o que me deixa feliz. Agora é melhorar e trabalhar. Não há outro remédio."
As entradas de Maxi e Morita permitiram outra qualidade? E não os utilizou antes por opção? "Opção dentro do que é gestão individual. No caso dos dois jogadores, vêm de lesão e temos de ter cuidado. Nos primeiros minutos da segunda parte ficamos frustrados, porque falhamos passes. O Maxi e o Morita dão essa calma ao jogo, têm mais ligação com a equipa do que o Mangas e o Giorgi Kochorashvili, mas mesmo com eles, estamos a fazer um belíssimo jogo."