O que se viu do próximo adversário do FC Porto na Champions: um nome que merece atenção
Olympiacos venceu o Marselha de Villas-Boas antes de jogar no Dragão.
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Mathieu Valbuena. Nele o FC Porto terá de focar atenções na receção da próxima semana ao Olympiacos.
Ontem, quarta-feira, no Pireu, foi ele a principal nota de classe da equipa grega e, ao mesmo tempo, a construir a jogada que atirou André Villas-Boas ao tapete, já nos descontos de uma partida muito tática e com raras oportunidades de golo.
Na finalização da jogada decisiva esteve um avançado que jogou sete épocas em Portugal sem se destacar por aí além: Ahmed Hassan, o egípcio que tem como principal atributo o jogo de cabeça. Mandanda não devia saber desse pormenor e ficou sem reação no remate que valeu três pontos.
Frente a um Marselha excessivamente preocupado em não se desposicionar, arriscando pouco no ataque, o Olympiacos foi a única equipa que acrescentou algum frisson à partida. Aos 39", El Arabi correspondeu a um cruzamento da esquerda e ameaçou o golo, mas o remate bateu nas pernas de um defesa; aos 52", Masouras marcou mesmo, mas o lance foi anulado por fora de jogo; aos 84", de novo El Arabi a assustar, com um cabeceamento por cima. E praticamente foi tudo.
Tirando o golpe final, este não foi daqueles jogos que se possa dizer: "Pena não ter tido público." Velocidade baixa, marcações cerradas e muito calculismo. Villas-Boas foi traído pelo ex-marselhês Valbuena, mas também pela excelência defensiva deste Olympiacos que ainda só sofreu um golo esta época, em sete jogos oficiais. Os laterais são jogadores de indesmentível qualidade, os centrais também, com uma dupla de médios rigorosos à frente como primeiro muro. E na baliza, um José Sá cada vez mais maduro, já guarda-redes de topo a nível europeu. Só um FC Porto criativo poderá contornar este obstáculo na terça-feira.
Francês foi vagabundo à solta
Valbuena começou a partida com total liberdade do meio-campo para a frente, partindo da zona central para deambular por onde lhe aprouvesse e a sua (vasta) experiência o aconselhasse. Pedro Martins orientou-o depois para a esquerda do ataque e, já na parte final, para a ala direita. Foi daí que, após uma bola ganha a meio-campo, cruzou com toda a precisão para a cabeça de Hassan, que quase nem teve de saltar, deixando o francês Mandanda sem reação, tal a colocação do remate, de cima para baixo e a entrar junto ao poste.