UEFA revela que as transmissões em direto da fase final da nova competição de seleções, que Portugal recebe, chegarão a 217 países e a uma audiência superior a 100 milhões
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A UEFA estima uma audiência global superior a 100 milhões de espectadores, isto só nas transmissões em direto, nos quatro jogos da fase final da Liga das Nações, que arranca a 5 de junho, no Dragão. Serão 217 os países de olho na nova competição de seleções e cerca de 600 os órgãos de informação que pediram credencial para contar as histórias à volta dos quatro finalistas que vão lutar por um troféu de prata que pesa sete quilos e meio, condensados em 71 centímetros.
A UEFA, que terá por cá um staff com cerca de 200 pessoas, a que se juntam 328 voluntários, tem tudo previsto ao detalhe para a primeira fase final da Liga das Nações
Os detalhes contam. E nas provas organizadas pela UEFA contam ainda mais. A ideia é que em Portugal tudo bata certinho, como um relógio suíço, e O JOGO teve acesso ao guião da festa. A bancada normalmente ocupada pelos SuperDragões nos jogos do FC Porto, por exemplo, ficou destinada aos adeptos da Suíça para a meia-final com Portugal. Os portugueses, admite a UEFA, vão espalhar-se por várias zonas do recinto, ainda que, oficialmente, lhes tenha sido destinado o outro topo, aquele que fica mais próximo do centro comercial.
No dia seguinte, em Guimarães, holandeses e ingleses ficam sujeitos a regras idênticas: Holanda do lado esquerdo (norte), na perspetiva do túnel por onde entram as equipas; ingleses à direita (sul).
Suíça: adeptos vão ocupar bancada do estádio onde costumam estar os SuperDragões
Para quem está em casa, a UEFA quer também um espetáculo à altura e assume papel central na produção dos conteúdos: foram distribuídas 28 câmaras de alta definição por cada um dos dois estádios para que nenhum ângulo escape. E na final, nos céus do Porto andará um helicóptero para dar uma dimensão ainda mais grandiosa a uma competição que pretende afirmar-se como cartão de visita no que toca a seleções. Os jogos das meias-finais (Portugal-Suíça, dia 5, no Dragão; Holanda-Inglaterra, dia 6, em Guimarães) começam às 19h45 e a final, no domingo seguinte, dia 9, arranca à mesma hora. As duas seleções que falharem o acesso à final vão disputar aquele jogo que nenhuma equipa deseja, previsto para as 14 horas de dia 8, em Guimarães.
Com um staff de 200 pessoas espalhadas pelas duas cidades, a estrutura montada em Portugal contempla ainda a colaboração de 328 voluntários, recrutados por cá. As redes sociais serão igualmente um campo monitorizado pela UEFA, que, também aqui, tem palpites sobre o impacto que esta prova pode ter. Acredita-se que a competição possa gerar cerca de 50 milhões de interações, incluindo-se nas contas simples "likes" (gostos), comentários ou partilhas. Quem não conseguir bilhete para ver nos estádios os jogos não terá, desta vez, zonas específicas (as chamadas fan zones) para acompanhar tudo. Estão previstos, nas duas cidades, alguns pontos de encontro, embora sem as características tradicionais associadas às zonas de fãs das fases finais das grandes competições.
É expectável que a organização da prova tenha um impacto paralelo positivo na economia do país - por conta da hotelaria, por exemplo. Não há estudos detalhados sobre essa matéria ainda, sabendo-se apenas que o Governo português aprovou um regime fiscal especial que cobre esta organização e que, entre outros benefícios, permite à UEFA, e estrutura associada, evitar a dupla tributação de impostos.
Está tudo pronto e, no guião da UEFA, tudo previsto ao detalhe. O jeitinho português de última hora só se for mesmo na forma de festejar, caso Portugal o consiga...
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Bilhetes: 122 mil em venda direta
De um total de 160 mil bilhetes emitidos para os quatro jogos da fase final, a UEFA explica que reservou cerca de 75% (122 mil) para venda direta a adeptos, um processo que começou há semanas, através das suas plataformas. Depois, ainda segundo informação disponibilizada a O JOGO, pela UEFA, cada uma das quatro seleções finalistas dividiu um bolo total de 10 mil bilhetes por cada um desses jogos agendados, vendendo-os em locais próprios. Não foi especificado se as fatias desse bolo eram exatamente iguais para as quatro.
CURIOSIDADES
Seferovic no centro de treinos dos dragões
Portugal começou a trabalhar na Cidade do Futebol, em Lisboa, mas vai treinar no Bessa no dia 2 de junho. No dia seguinte, a Suíça, de Seferovic e companhia, usará as instalações do centro de treinos do FC Porto, em Gaia.
Inglaterra no "Berço", Holanda em Braga
Holanda e Inglaterra defrontam-se dia 6, no D. Afonso Henriques. Os holandeses treinam na véspera na cidade desportiva do Braga e os ingleses preparam-se na do V. Guimarães, também no dia 5.
As 55 bandeiras desfilam na final
Na cerimónia antes da final (dia 9, às 19h45, no Dragão), as 55 bandeiras dos países que disputaram o acesso à fase final irão desfilar no relvado, por onde andarão 235 ajudantes para coreografar o momento.
Seferovic vai treinar no centro de treinos do FC Porto e haverá jogo de velhas glórias
Recrutados 328 voluntários
O comité de organização selecionou 328 voluntários para auxiliarem a prova em Portugal. Os membros da UEFA serão cerca de 200, divididos pelas duas cidades.
Zonas de fãs não estão previstas
As famosas fan zones não fazem parte desta fase final, ao contrário do que costuma acontecer nas grandes competições. Mas, mesmo sem zonas de fãs oficiais, estão previstos pontos de encontro de adeptos nas duas cidades.
Velhas glórias jogam na Alfândega
Na véspera da final - isto é, dia 8 - está previsto um jogo entre uma equipa de velhas glórias portuguesas e outra selecionada pela UEFA. Será na Alfândega, às 16h00. E a entrada é livre.
Coro holandês gravou o hino
Tal como acontece na Champions, a UEFA quis também um hino especial em latim para a Liga das Nações. Giorgio Tuinfort e Franck van der Heijden compuseram-no e um coro holandês ajudou nas vozes.